O OITAVO DIA DE JANEIRO
Ousei falar do que amedronta
Num país de liberdade duvidosa
Onde o povo sem cultura não levanta
Sua voz à tirania impiedosa
Como ovelhas uns poucos se empenharam
Em mostrar na escuridão pequena luz
Mas pagou o alto preço do calvário
Carregando quão pesada sua cruz
O país destemperado na orgia
Com atores e vilões no picadeiro
Do poder onde a moral lá residia
E hoje troca sujeição pelo dinheiro
Destruindo a juventude esperança
Numa pátria ainda em formação
Quão servil e imoral são esses pulhas
Em corroer o sentimento de nação
Não perdi a esperança porque vivo
E sei que a paz é valor inercial
Não importa artifício ofensivo
Ao final sempre o bem vence o mal