Ser
Quem me olha o que vê é um esboço
Uma linha indivisivel hachurada
Numa imagem incompleta inacabada
Visivel só com muito esforço
O que sou minha poesia expressa
Transcrevo aqui de forma clara
Em verbetes silábicos se declara
Nas linhas sucintamente é impressa
O que sou nem sempre é o que pareço
Sou um ser impar multifacetado
Um poeta pela poesia transmutado
Só poeticamente tenho o que mereço
As vezes meu expressar soa difuso
Minhas afirmações projetam disparidades
Dentre os pontos além das ambiguidades
Distou incoerente e inconcluso.