Casa de Taipa

Foi em uma casa de taipa que

eu passei a minha infância,

meu avô com chapéu de

palha sentado na varanda,

meu primeiro brinquedo

foi uma enxada que

ganhei quando criança,

era na roça que eu brincava

e tudo que eu plantava vira

diversão e esperança.

Minha avó uma mulher muito

brava com muita desconfiança,

e qualquer coisa que eu

aprontava ou apanhava

ou levava uma bronca,

dela eu gostava e nunca

vai sair das minhas

lembranças, ela que me

educava e me ensinou a

ser um homem de honra.

Era uma vida sem luxo

e sem tecnologia, a

família toda sentavam

juntos e celular ninguém

tinha, e toda noite minha

avó fazia eu rezar sete

pai nosso e sete ave maria,

e todo domingo ela ouvia

a missa em um rádio de

pilha.

em colchão de capim

costurado com náilon,

Lençol chique não tinha

minha avó fazia tudo com

retalhos, e um candeeiro

a gás que clareava todo telhado,

eu dormia tão bem que

queria tudo aquilo do meu

passado.

O despertador de todas

as manhãs era minha avó

ralando milho no ralo,

comia um cuscuz fresquinho

o café era coado, tudo tinha na

roça nada era comprado,

e hoje não me sai da memória

o meu avô contando histórias

e tudo mundo sentavam

do lado.

em um terreiro de chão

batido todo mundo se

divertiam, a lua cheia

com tanto brilho energia

nem falta fazia, brincava

com meus primos sem o

uso da tecnologia, que é

o pior mal das crianças

de hoje em dia, e na quela

casa de taipa o meu avô

já contava, que o mundo

se perderia.