AVENIDA PAULISTA A DEUSA DE SÃO APULO Francisco Luiz Mendes

AVENIDA PAULISTA A DEUSA DE SÃO APULO

Francisco Luiz Mendes

A Avenida Paulista

É palco das atenções

É nela que se reúnem

Nas grandes celebrações

Toda eventualidade

É pé de solenidade

Para arrastar multidões.

Paulistas e paulistanos

Misturam-se aos turistas

A Avenida é tomada

De mestres a jornalistas

Mascates a escoteiros

Agentes a jornaleiros

Estudantes a juristas.

Ela logo vai ficando

De toda tonalidade

Nesse vai e vem de gente

Pela sua extremidade

A Avenida Paulista

Fica ainda mais ritmista

Quando tem festividade.

É nela que se encontra

Diversa programação

Adentre nos seus quilômetros

A vazar na imensidão

A alternativa é infinita

Ao longo da ciclonita

Por aí no calçadão.

No ampliar da trajetória

Nessa arena gigante

Tudo ao nosso contorno

Vai ficando fascinante

Quanto mais se anda nela

Mais a via se revela

Aos olhares do passante.

Também nessa avenida

Há casas coloniais

Ainda em estilo classista

Hoje patrimoniais

Por lei estão preservadas

Pelo estado guardadas

As tradições ancestrais.

Todo dia nessa avenida

O dialeto é diferente

De toda parte do mundo

Nela mercadeja gente

Turista fica abismado

De olho bem arregalado

Com o que vê à sua frente.

A Via Paulista é hoje

A atração da cidade

E está presente nela

Enorme variedade

Sedes empresariais

Complexos comerciais

Conforme globalidade.

Fim, século dezenove.

A avenida foi criada

Pela nata cafeeira

Ela foi arquitetada

Estilos padronizados

Casarões são elevados

Pra elite ser abrigada.

Porém, nas últimas décadas.

A via tem se tornado

A essência cultural

De São Paulo, o estado.

Sendo o ponto turístico

Bem-visto e estilístico

Brasil capitalizado.

Joaquim Eugênio de Lima

Um latino-americano

Em oito de dezembro

Dezoito, noventa e um o ano. (1891)

Avenida inaugurava

Assim homenageava

Paulista e paulistano.

Há muitos na avenida

Hotéis e restaurantes

Recebem diariamente

Milhares de figurantes

Que lá moram e trabalham

Na região se espalham

No meio dos imigrantes.

E nela se localiza

O Nobre Museu Paulista

Na América Latina

Mais tradicionalista

Pelo acervo encontrado

Ele é o mais visitado

Dessa base paisagista.

Num edifício vistoso

Nessa grande alvorada

Agrupam, FIESP e SESI.

Com sua bacharelada

Até teatro amador

Onde um digno ator

Conta história engraçada.

Ainda o Parque Trianon

Área verde remanente

Faz parte da escalada

Nessa escultura presente

Além de aves nativas

Outras espécies vivas

Atraem atenção da gente.

A Fundação Cásper Líbero

E sua antena charmosa

A máxima e a mais alta

Na via a mais famosa

Chama muito atenção

Com sua iluminação

Amarelada e ostentosa.

Na via arquitetural

Acha-se um dos casarões

É o da Casa das Rosas

Casa sede dos Barões

Atual um bem tombado

Pelo estado resgatado

E mantida nos padrões.

Na mira do cineasta

A Paulista vira tela

A badalada história

Fala tudo sobre ela

Esse ícone cultural

É coluna de jornal

Também tema de novela.

Pois esse ponto turístico

Faz São Paulo diferente

Das cidades do Brasil

Até de outro continente

A ilustre Via Paulista

É palco impressionista

Que seduz a muita gente.

Maior rede hospitalar

Está nessa região

Município de São Paulo

E de outra circulação

Ocupam nesse complexo

Que é parte do anexo

Presente na imensidão.

O Instituto Pasteur

Ainda no prédio alojado

Mil novecentos e três

E, aliás, foi criado.

Por empresários paulistas

A análises laboristas

Assim foi direcionado.

Após era de cinquenta

Mansões residenciais

Com estilos variados

Quase não notavam mais

Logo o castelo solar

Começou a ceder lugar

Às redes comerciais.

Palacetes da avenida

Já tinham sido vendidos

Sendo assim em pouco tempo

Foram substituídos

Por prédios e escritórios

Objetos e acessórios

De mundos evoluídos.

Hoje Avenida Paulista

É centro empresarial

Dessa América Latina

Pelo feitio estrutural

Concorrência é acirrada

E por ela está centrada

No acervo comercial.

E quem por ela passeia

Não fica sem opção

Nessa via colossal

De metrô, a pé e busão.

Encontra-se itens diversos

Cines, teatros, conversos

Por toda sua extensão.

As pessoas se deparam

Perante tanta beleza

E entre os arranha-céus

Contudo, quanta grandeza!

Debaixo de Sol, garoa.

Paulista sorri à toa

E aprecia a realeza.

A notícia se espalha

Por todo o quarteirão

Tevê, rádio e jornal.

Falam sobre o tal festão

A Avenida Paulista

Mais uma vez cede a pista

Para outra diversão.

Essa Alameda é o Sol

Do paulista e paulistano

Afirmo com segurança

Digo-lhes e não me engano

O recanto brasileiro

É de invejar forasteiro

Gringo ou americano.

Seja de qualquer recinto

Brasil, ou outra costeira.

A Paulista está repleta

Gente nossa, ou estrangeira.

Circulando todo dia

Na tristeza, ou na alegria

Adentram sua fronteira.

Nesse palco surreal

De paulista e paulistano

O Sol que brilha mais forte

E de qualquer mês e ano

Asseguro com certeza

Essa sua tal beleza

Realça o cotidiano.

No compasso destes versos

Dum singelo cordelista

Finalizo o meu tributo

À alameda mais classista

Deste solo bandeirante

Ainda a mais importante

Desta capital paulista.

FIM.

Francisco Luiz Mendes
Enviado por Francisco Luiz Mendes em 06/04/2021
Código do texto: T7225584
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