A VIRTUDE E O DINHEIRO

Não dominas minha alma

Por que vil é o teu poder

Continuo firme e calma

Só com tempo podes ver

Muitos sábios me procuram

Pois que em mim encontram paz

Os incautos são volúveis

Inseguros, pobre jaz

Sei que sofro resistência

Exigente, sempre cobro

Alimento a persistência

Insistente não me dobro

Enobreço o meu entorno

Transmutando terra em céu

Quando em mim colhes o gozo

Quando oposto tomas fel

Não persigo nem destruo

Minha vida é voluntária

És matéria, frágil, instável

Tornas outra a mercenária

Livre, grande, libertária

Não importa qual inverno

Quem me nega a si condena

Abre as portas do Inferno