Elevação do cordel a patrimônio imaterial da cultura brasileira
Passado mais de um século da emergência como sistema editorial e literário, o cordel brasileiro foi reconhecido e institucionalizado, pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira. O processo, iniciado em 22 de fevereiro de 2010, teve por proponente a Academia Brasileira da Literatura de Cordel (ABLC), com o apoio do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP). Através de dossiê, coordenado pela Profa. Dra. Rosilene Alves de Melo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), fez-se o levantamento das práticas relativas ao ofício, da área de concentração no país e todo o levantamento sobre o contexto histórico de produção, circulação e consumo. O relatório final ficou a cargo do professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), Dr. Ulpiano Toledo Bezerra de Menezes, conselheiro titular e representante da sociedade civil. Em Reunião Ordinária do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), realizada em 19 de setembro de 2018, o relator proferiu o seu parecer provisório que foi referendado por unanimidade pelo colegiado.
O cordel é verdadeiro patrimônio brasileiro
Hoje já reconhecida
No Brasil e no estrangeiro
É lida em todo o Nordeste
São Paulo, Rio de Janeiro
Sendo mais que centenária
Nossa forma literária
Patrimônio Brasileiro
No seu cânone poético
Leandro foi pioneiro
Pois lhe deu forma e formato
Difundiu ao mundo inteiro
Métrica, rima e oração
Que fez da sua construção
Patrimônio Brasileiro
Fonte de muitos estudos
O cordel é verdadeiro
No seu padrão literário
Construiu próprio roteiro
Nos poetas, editores
Folheteiros e leitores
Patrimônio Brasileiro