CORDEL – Da Série “O que eu quero pro futuro do Brasil” – de 28.05.2018 (PRL) - Continuação.
 
 
CORDEL – Mote – A crise da pandemia – Nunca suplanta à moral – 14.04.2020 (PRL)
 
(2274)
O Brasil em polvorosa
Gritando toda a nação
E da vida tão formosa
Ficou de cara no chão
Arrombou a economia
Com prejuízo abismal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2275)
Velho não pode sair
Mas os novos também não
Seja pra não contrair
Ou levar infestação
A coisa virou fobia
E não é acidental
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2276)
Se todos em casa ficam
Por vezes, amontoados
Nem mesmo sexo praticam
Vão ficar abobalhados
E não é por anomia
Porque isso só faz mal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2277)
Não se pode dar abraço
Nem apertar qualquer mão
Mas assim nesse compasso
Dou a minha opinião
Isso é muita covardia
O que fazer, afinal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2278)
Imagine se for beijo
Pra expandir sua vontade
Você não terá o ensejo
Vai morrer na castidade
Por conta da anomalia
Nem tomando antigripal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2279)
E se beijo diferente
Aí muda de figura
Esse adota muita gente
Vidrado na formosura
Daqui isso já antevia
Porquanto tudo é banal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2280)
Mas pense no meia nove
Tanto pra lá e pra cá
Que seu gosto se renove
Não convém tanto arriscar
Eu por mim me conteria
Até o novo carnaval
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2281)
O São João está bem perto
Não se vai comemorar
A data fica em aberto
Porque merece adiar
Esperar a calmaria
No país continental
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2282)
O São Pedro vem depois
Que tem as portas do céu
Que as chuvas, não repôs
O Nordeste no escarcéu
Numa severa agonia
Que não venha temporal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2283)
Porque se chuva não vem
A seca fará sofrer
Não deve escapar ninguém
Pela falta de “comer”
Até fome eu passaria
Pra levantar o moral
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2284)
E sem lavoura nem safra
O dinheiro não circula
Não se tenha por salafra
Ou diga que não sabia
Porque sendo covardia
O assunto é crucial
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2285)
O gado também morrendo
Pela falta de ração
Pois quando não tá chovendo
Chega logo à inanição
Morrer assim é cruel
Até fora do curral
A crise d pandemia
Nunca suplanta à moral
(2286)
A economia padece
Aqui no nosso Nordeste
De gestor, pois enobrece
Que possa enfrentar a peste
Que aplique sabedoria
Pra melhorar nosso astral
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2287)
Há lavouras, asseguro
Que decerto escaparão
O homem do campo é puro
Boas safras colherão
Está faltando ousadia
Ou mesmo credencial
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2288)
O mundo só fala nisso
Há muita contradição
Mas o nosso compromisso
É defender nosso irmão
Sem qualquer alegoria
A doença é capital
A crise de pandemia
Nunca suplanta à moral
(2289)
O país está cansado
De malhar na recessão
É feito bode embarcado
Que conduzem no porão
Mas a nossa agronomia
Tem aumento colossal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2290)
Para ajudar o carente
O auxílio manutenção
Foi criado de repente
Com muita repercussão
Veio com muita alegria
Num ambiente infernal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2291)
Houve gente bem sabida
Que logo entrou no sistema
E fraudando descabida
Com o pobre no dilema
Digo por analogia
Um bom ladrão afinal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2292)
Seiscentos reais são poucos
Mas quando é multiplicado
Por milhões de pobres loucos
Vai pra bilhões os trocados
Fica grande a correria
Algum chora no aguaçal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2293)
Temos o Bolsa Família
Com mais catorze milhões
Todos eles de vigília
Recebendo seus tostões
São pobres com euforia
Pessoas de bom astral
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2294)
Das contas roubam dinheiro
Do coitado cidadão
Não perde só o banqueiro
E toda população
Chega me vem alergia
É negócio de animal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2295)
Os produtos importados
Que nos chegaram da China
Muitos deles já roubados
Pois o ladrão se fascina
E na sua confraria
Protegido por arsenal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2296)
A polícia no encalço
E já prendeu uns ladrões
Confessam têm muitos calços
Mas um monte de senões
São cheios de acrobacia
Não é roubo artesanal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2297)
Gente de muita perícia
Conhecendo dos mistérios
Também com muita malícia
Rouba em todos hemisférios
Tem quem faça apologia
Pra esse negócio infernal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2298)
Com tanta escola fechada
Alunos prejudicados
Professor sem fazer nada
Dizem mal remunerados
Muitos com idolatria
E bagagem sem igual
A crise da pandemia
Nunca sepulta à moral
(2299)
Ao chegar no fim do ano
O letivo está perdido
Esse governo tão insano
Se firmando no partido
E com ideologia
Fica ditatorial
A crise da pandemia
Nunca sepulta à moral
(2300)
Os problemas brasileiros
Atuam em vários campos
Refletindo no estrangeiro
Pois recebem vários grampos
Dentro da tecnologia
Um progresso cultural
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2301)
Quero ver quem vai pagar
Por tantos dias parados
O patrão a reclamar
Porque não tem faturado
A Câmara na euforia
Em votação virtual
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2302)
Muita gente está de férias
Até cara preguiçoso
Essas coisas muito sérias
Deixando o homem nervoso
Caso de neurologia
Eis o diferencial
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2303)
Fábricas estão paradas
É grande a desolação
Tem gente desempregada
Que tem de ganhar o pão
Nem entrar na padaria
Pra comprar o cereal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2304)
Nos esportes nem se fala
Os atletas vão folgando
Nossa torcida se cala
Os clubes viraram bando
Tem gente na boemia
Numa cachaça informal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2305)
O meu velho Santa Cruz
Que já foi um grande time
Hoje só tem papangus
Seu passado não redime
Acabou a cantoria
Não chega mais na final
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2306)
Jamais sai da série Cê
Eita torcida arretada
Colabora e nunca vê
Alguma grande jornada
É grande a bilheteria
Em clássico Estadual
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2307)
Se você está tossindo
Ou mesmo com muita febre
Dor de cabeça sentindo
Vá ligeiro como lebre
Mantenha sua ousadia
Corra para um hospital
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2308)
E se vier dor no peito
O negócio é mais urgente
O coração quer respeito
Qualquer defeito ele sente
Diz a cardiologia
Pode ser eventual
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2309)
A campanha “fica em casa”
Que nossa mídia abraçou
A meu ver é muito rasa
Um preguiçoso a criou
Numa vã filosofia
Saudades do carnaval
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2310)
Essa coisa de prefeito
Limitar seu município
De fato, não leva jeito
Pois aumenta o sacrifício
Com dinheiro faz orgia
Nessa verba colossal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2311)
Já conheci um prefeito
Que vivia como príncipe
Porém não tinha respeito
Com cada um do munícipe
Metido na burguesia
Adorava um bacanal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2312)
Vão ter saudade do vírus
Por conta da dinheirama
Pode até dar alguns giros
Mas depois ninguém reclama
Pruma grande minoria
O tutu é principal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2313)
Ou voltar inda mais forte
Ou então dar um adeus
Quem for rico ou tiver sorte
Mesmo que seja o Mateus
Vai tocar na sinfonia
No nosso Municipal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2314)
Falam que a nossa curva
Do perigo reduziu
A minha vista está turva
Lá em casa ninguém viu
Talvez seja miopia
A causa de todo mal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2315)
Não tem como acreditar
Nessas nossas estatísticas
Tão cansados de burlar
São pessoas muito místicas
Se eu pudesse, todavia
Me transformar em fiscal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2316)
Quanto menos fizer teste
O resultado se esconde
Tem gente que cafajeste
Que mente quando responde
Tá na criminologia
No direito criminal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2317)
São Paulo só faz dois mil
Por dia que é muito pouco
O dinheiro ninguém viu
Isso vai dar num pipoco
O governo em fantasia
Não conduz o essencial
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2318)
Esse é décimo nono
Do dezoito se esqueceram
O vinte vai ser abono
E vão mostrar que venceram
Não, não será utopia
É verdade magistral
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2319)
Eu quero sair de casa
Para dar uma voltinha
Já estou mandando brasa
Quero entrar na rapidinha
Nunca tive mordomia
Para surpresa geral
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2320)
A entrevista continua
Todo dia na Tevê
É quando lá insinua
O quadro que vai dizer
Tem gente com nostalgia
Cumprindo ordem feudal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
(2321)
Vi noutro dia uma cena
Que me fez até chorar
O preparo de centena
De buraco pra enterrar
Achei que era demasia
Que deu até no jornal
A crise da pandemia
Nunca suplanta à moral
 18.04.2020 (PRL)
 
(2322)
O poderoso ministro
Julgava estar abafando
O clima ficou sinistro
E o Presidente aguentando
De repente entrou na dança
Parecendo um picareta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2323)
Bem que estava demorando
O doutor cheio de corda
Com dinheiro festejando
Enche o cofre, que transborda
Tem gente que faz herança
Numa gastança com treta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2324)
Confiava certamente
Nos apoios que tivera
Porque cada presidente
Dos poderes, que impera
Preparou sua mudança
Arrumou sua maleta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2325)
Quem ficou bem arretado
Foi doutor Maia do DEM
Deu coice pra todo lado
Só escapou seu harém
Porque faz muita lambança
E sem medo da caneta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2326)
Deputados reagiram
Prometendo aquele troco
Alguns deles já sumiram
La na casa de reboco
Não perdi a esperança
Não sou homem de gorjeta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2327)
No dia da despedida
Ignorando a distância
Ultrapassou a medida
Beijou sua militância
Abraçando em abastança
Nem tirou a camiseta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2387)
Ainda saiu cantando
Somente pra tapear
Ser feliz e se alegrando
Ele mesmo a se enrolar
Parecendo uma criança
Tinha dado na Gazeta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2329)
Aliás esse Alcolumbre
Por sua vez não gostou
Pois um cara de vislumbre
No Senado esperneou
E mandou sua ordenança
Apanhar sua jaqueta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2330)
Até mesmo alguns juízes
Não aprovaram o fato
E vão ver muitas reprises
Não assim de imediato
Quem quiser entre na dança
Ou mude sua faceta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2331)
Entrou um novo doutor
No lugar do demitido
Muita gente não gostou
Do discurso descabido
Dizem que tem pujança
De pimenta malagueta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2332)
Presidente tá querendo
O retorno da jornada
Do trabalho já prevendo
Uma severa enxurrada
Pra onde vai a balança
Pergunto aqui sem careta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2333)
Mas o Dória comandando
A coisa vai demorar
Mas ele pouco lixando
Tem dinheiro pra gastar
E também já deu fiança
Pros demais numa cruzeta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
(2334)
Quer abrir, mas só em maio
Os setores produtores
Da indústria, temerário
São grandes aplicadores
Mas falando de finança
Assunto só de veneta
Por falta de confiança
Foi demitido o Mandetta
 
CORDEL – Mote – Se doutor Moro cair – Acaba nossa esperança – Da série “O que eu quero pro futuro do Brasil” – 23.04.2020 (PRL)
 
(2335)
Houve hoje uma notícia
Que nos deixou arrasado
Não sei se foi malícia
Porém merece cuidado
O governo vai ruir
Se fizer essa lambança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2336)
Tudo parece por conta
De trocar o diretor
Que tem caráter de afronta
Sem ouvir esse senhor
Dizem que vai desistir
De prosseguir nessa dança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2337)
Houve logo desconversa
Talvez um mal entendido
O boato se dispersa
Assunto mal resolvido
Mas todos hão de convir
Que toda essa coisa cansa
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2338)
O Moro é muito calado
Nunca fala de besteira
De vez em quando amuado
Mas está na prateleira
Está lá para servir
Pela nossa segurança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2339)
Se o Guedes na economia
Dita e faz o que quiser
Seria muita ousadia
No Moro perder a fé
E na hora sabe agir
Pois um cara de pujança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2340)
Porém falam do ciúme
Provocado na pesquisa
O ministro foi ao cume
Numa contagem concisa
E quem quiser aferir
Já reduziu a matança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2341)
Contudo ele avisou
Que não tem a pretensão
Mas do povo conquistou
Tamanha repercussão
Mas isso vai prosseguir
Não é hora de vingança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2342)
As coisas vão caminhando
Como gosta a oposição
O governo vai minguando
Com muitas pedras no chão
Não nasceu para mentir
Caso saia tem festança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2343)
Um homem de nomeada
Horado e bom cidadão
Na pasta uma guinada
Em face da retidão
É mais fácil boi mugir
Seja aqui seja na França
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2344)
Corre também a notícia
Que ficou encabulado
Com um monte de malícia
Em algum caso julgado
Por isso quero aduzir
Sem ter medo de cobrança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2345)
Dizem ficou revoltado
Com um certo julgamento
Que soltou o condenado
E chiou como jumento
Pois não se pode admitir
Essa grande pajelança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2346)
Confesso que aqui pensava
Que o país avançaria
Tem uma coisa que trava
Não só em economia
Nós temos de produzir
Acabar com a emboança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2347)
É um fuxico danado
Dentro e fora do palácio
Quando se reúne o gado
Bem na sala do Horácio
Minha cuca vai fundir
Por falta duma aliança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2348)
Soube hoje de madrugada
O diretor se demitiu
Não entendi a jogada
O brasileiro explodiu
Digo aqui pra concluir
É cargo de confiança
Se doutor Moro sair
Acaba nossa esperança
(2349)
Agora danou-se tudo
A Bolsa despencará
O Dólar, que é raçudo
Agora vai disparar
Sua tendência é subir
Terminou nossa poupança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2350)
Pelo andar da carruagem
Vai sair muito mais gente
É preparar a garagem
Pra botar o contingente
Não se pode resistir
Porque falta liderança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
(2351)
Mais ou menos desconfio
Dos próximos, que virão
Basta acender o pavio
Que solto meu palavrão
Pois estou pra explodir
O macho não usa trança
Se doutor Moro cair
Acaba nossa esperança
24.04.2020
(2352)

Porém hoje, vinte e quatro
Pude ver com surpresa
Aconteceu no teatro
As cartas foram pra mesa
Da imprensa ele fugiu
Deus nos dá muita bonança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2353
No seu pronunciamento
Ele foi bem assertivo
De livre convencimento
Não se tornou agressivo
Mas então ele aduziu
Sempre com a fala mansa
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2354)
Foi despedido o Valeixo
O ministro se arretou
Sendo bom não treme o queixo
Mas tem de ter bom humor
Ainda bem que advertiu
Este país não avança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2355)
Falou que nada exigiu
Prometeram carta branca
Mas a promessa faliu
Então se deu a retranca
E todo mundo assistiu
Nova desgraça se alcança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2356) 
Sua única condição
Que termina de contar
 Batendo com pé no chão
Sua família amparar
Porém nisso ele insistiu
A corda quando balança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2357)
Deixou a Magistratura
Vinte e dois anos perdidos
Cidadão com estatura
Para todos os sentidos
A carreira destruiu
Atuando com Constança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2358)
Caiu a criminalidade
Nesse Brasil um gigante
Trabalho e honestidade
Sempre levou adiante
O medo que instituiu
Ao fazer tanta mudança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2359)
Reduziu muito homicídio
Recolheu droga demais
Melhorou tal subsídio
Nas esferas criminais
O respeito progrediu
Com a sua temperança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2360)
A Força Nacional
Atuando pra valer
Até mesmo em capital
Tudo pode acontecer
O COAF lhe fugiu
Por conta da governança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2361)
Acusou o presidente
De querer interferir
No trabalho eficiente
Que nunca quis admitir
Pouca gente não ouviu
E falou na comilança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2362)
A fala do Bolsonaro
Que durou quase uma hora
Nunca esquece isso é raro
Logo surgiu sem demora
De tudo ele desmentiu
Em toda sua falança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2363)
Dentre os assuntos falados
Disse que ter tentado
Apressar a apuração
Da Marielle e atentado
A facada que o feriu
Porque tá tendo tardança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2364)
Tem o disse por não disse
Isso se saberá após
Eu só sei que é chatice
E ruim fica pra nós
Mas novidade surgiu
Isso ficou na lembrança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2365)
Disse o Ministro insistiu
Pela vaga do Supremo
Moeda em troca sentiu
Mas assim foi pro extremo
E tão logo pressentiu
Logo pensou na livrança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2366)
Então ele concordava
Com a troca do Valeixo
Que já cansado restava
Mas isso foi um pretexto
Só não sabe quem não viu
Não existe semelhança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2367)
Tem matéria para a mídia
Falar pro resto do ano
Que não pratique a insídia
Todos vão rasgar o pano
Vá pra puta que o pariu
Também leve sua ordenança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
(2368)
Desculpem a rapidez
Do cordel de ocasião
Tem a minha timidez
Todos sabem de antemão
Eu só sei que refletiu
Negativo pra poupança
O doutor Moro caiu
Perdemos nossa esperança
 

 
 
SilvaGusmão

Foto: GOOGLE
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

   
ansilgus
Enviado por ansilgus em 17/04/2020
Reeditado em 29/04/2020
Código do texto: T6920163
Classificação de conteúdo: seguro
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