CORDEL - São muitas forças do mal - 01.04.2020 (PRL)

 
Quando comunistas e opositores ao povo, que afundaram as nações que os adotam, notaram o crescimento assombroso da popularidade do solitário candidato, trataram de elaborar um plano diabólico para eliminá-lo da disputa que se avizinhava. Uma das hipóteses seria a sentença de morte. Então surgiu aquela “facada” lá em Minas Gerais, terra do então eliminado doutor Tancredo Neves que, no dia da posse, faleceu, dando lugar ao doutor José Sarney, quando na verdade deveria ter assumido o presidente da Câmara dos Deputados, doutor Ulisses Guimarães.
 
Escapando da famigerada investida, sendo submetido a diversas intervenções cirúrgicas, o isolado candidato passou a enfrentar novos planos e investidas, desta feita com a divulgação de dados imprecisos das pesquisas de opinião, de sorte que quase ao apagar das luzes da eleição a diferença foi diminuindo de tal sorte que com mais uma semana de campanha certamente chegaria em segundo lugar. A grande mídia, que muito se beneficiou de governos anteriores, ante a iminência de perder a mamata do dinheiro público, se passara, com unhas e dentes a defender os valores que são justamente o inverso da moralidade.
 
Passada a eleição, uma larga maioria deu ganho ao Capitão, que agora passaria a amargar uma campanha inimaginável para derrubá-lo a qualquer custo.

 
CORDEL - São muitas forças do mal - 01.04.2020 (PRL)
 
(2179)
Se mataram o Tancredo
E o Zavascki também
Não se revela o segredo
De quem só dá o que tem
Na lista faltava um
Que incomodava demais
Com uma facada e pum!
Num plano muito fugaz
(2180)
Até hoje não se sabe
Quem mandou assassinar
À polícia que só cabe
Esse crime desvendar
Mas não existe interesse
Deve ser gente graúda
Do soçaite e da finesse
Toda boca fica muda
(2181)
Muita gente andou dizendo
Claro, dessa oposição
Que foi do próprio atingido
Pra comover a nação
Assim num auto flagelo
Arriscar a sua vida
Numa ação sem paralelo
E também tão descabida
(2182)
Mas o certo é que escapou
E tocou sua campanha
A TV escanteou
Fugindo duma baganha
Nem precisou de debate
O povo compreendeu
Que a mídia não tem quilate
Pra oposição se pendeu
(2183)
A vitória foi cabal
Sem qualquer contestação
São muitas forças do mal
Que querem nova eleição
Alegando Fake News
Com o uso de robôs
Vá pra ponte que caiu
Quem a CPI impôs
(2184)
Muita gente cabisbaixa
Ante tamanha derrota
Quando recebeu a faixa
De gente não patriota
A inveja mata até
E machuca o coração
Tem gente que bate o pé
Por perdidas não se dão
(2185)
A morte de Marielle
Foi um assombro danado
Quando o crime não repele
Foi no governo passado
Pra descobrir esse evento
A solução mais viável
E com talvez cem por cento
A CIA recomendável
(2186)
Garanto que em quinze dias
Tudo seria apurado
Por conta das ousadias
Com ela não tem babado
O culpado vai pro pau
E vai cair do quiabo
Vai ser preso sem mingau
E vai chorar um bocado
(2187)
Teve até um deputado
Que fugiu pra Portugal
Ele que muito engendrado
Com essas forças do mal
Deixando em seu lugar
Um tão famoso suplente
Que não consegue apagar
O desgosto dessa gente
(2188)
Dizem que comprometido
Com aquelas gravações
Não sei nem faço sentido
Me meter em confusões
Fico na minha e normal
Só digo aquilo que sei
Tem muita gente do mal
Que se parece com rei
(2189)
Logo vieram as queimadas
Lá das terras da Amazônia
Dessa gente mal amada
Negócio da Babilônia
O dinheiro corre frouxo
E vence quem é mais forte
Tem de ter aquilo roxo
Ou então cagado de sorte
(2190)
Espalharam pelo mundo
Governo devastador
Querem o Brasil bem fundo
Pior do que o Equador
A intromissão foi geral
Na política local
Contra o país detonaram
Todas as forças do mal
(2191)
Falar mal do seu país
Aqui até se suporta
Mas lá fora, meretriz
Que é boa se comporta
É crime de traição
Deve ir para a cadeia
Sem qualquer contemplação
E tomar bem muita peia
(2192)
Teve até presidiário
Viajando em mordomia
Nesse tempo, perdulário
Por conta da burguesia
Só mesmo numa gangorra
Assim como no Brasil
Muita gente duma porra
Enche a cara num barril
(2193)
Espalharam dado falso
Das queimadas lá do Norte
Merecem um cadafalso
Para um castigo bem forte
Mas a justiça protege
Até quando assim quiser
Ao satanás e herege
Aguente-se quem puder
(2194)
Podem botar batalhões
Pra vigiar a Amazônia
Digo aqui com meus senões
E sem qualquer cerimônia
Não haverá quem impeça
A saída das riquezas
Da madeira ou qualquer peça
Do fundo, das profundezas
(2195)
O Brasil é impotente
Pra conter toda grilagem
De um modo diferente
Sem qualquer camaradagem
Pois a grana fala alto
E corre de mão em mão
Seja índio e até mulato
Por falta de coração
(2196)
A grande mata fechada
Com toda sua amplidão
Vai servindo de enxurrada
Para guardar corrupção
Coca e maconha escondida
Até no solo meu irmão
Com a gente desnutrida
Perto da destruição
(2197)
Precisamos duma lei
Seja da pena de morte
O meu apoio não darei
Pra criminoso de porte
Parar o seu terrorismo
Pois impera na república
E também com casuísmo
Fica daqui minha súplica
(2198)
Quem não se lembra do óleo
Que largaram pelas praias
Do Nordeste esse petróleo
Foram homens que nas baias
Deveriam se enterrar
Pra pagar pelos seus crimes
E muitas contas ajustar
Sejam quais forem seus times
(2199)
Afastou o veranista
Desse bem da natureza
Seja pequeno e/ou artista
Porque de muita beleza
Causou muito prejuízo
Aos cofres desses Estados
De governos indecisos
Muito mal assessorados
(2200)
O povo todo se uniu
Diante da barbaridade
Num esforço que partiu
Da solidariedade
E limpou o litoral
Com a cara e só coragem
Tem muita gente do mal
Que não quer camaradagem
(2201)
Até hoje ninguém sabe
De onde esse óleo veio
Ao culpado que se enrabe
E que tome bem no meio
Vá baixar em outras plagas
Seu malandro, vagabundo
Que morra repleto em chagas
Seu cachorro, triste e imundo
(2202)
E tudo veio ao normal
Os turistas retornaram
O prejuízo cabal
Nunca mais equilibraram
Mas o governo tão fraco
Sempre apela ao federal
Quando se reduz ao caco
Por essa gente do mal
(2203)
E as praias ressurgiram
Belas e tão formosuras
As mulheres imprimiram
No corpo suas posturas
Esnobando e sensuais
Com seus seios usurparam
Simpatias pessoais
Dos homens que deslumbraram
(2204)
A mala com cocaína
Levada por um corrupto
Que foi preso na faxina
Tão safado, tão abrupto
Pretendia incriminar
O cortejo oficial
O presidente enquadrar
Como se fora do mal
(2205)
É muita sem-vergonhice
Do bando de malfeitor
Que Deus queira na velhice
Pague com todo rigor
Mais uma vez o direito
Que supera com razão
Não há crime tão perfeito
Que não deixe rastro então
(2206)
Até mesmo a nossa mídia
Andou querendo enquadrar
Nesse clima de perfídia
Para o homem derrubar
O complô é muito vasto
É assim quase geral
Mande essa gente pro pasto
Porque só pensa no mal
(2207)
Candidaturas fantasmas
Do partido vencedor
Foi mesmo como que plasmas
Na época pouco ligou
Porém nomeou pessoas
Que malfeitos praticaram
Atitude que ressoa
Pois o balaio sujaram
(2208)
Tempo teve, mas não fez
Apostou no que não disse
E talvez por timidez
Esperou que se traísse
Foi um dos poucos enganos
Mas o governo seguiu
No moral e sem os danos
Mais uma crise sumiu
(2209)
Outra falha clamorosa
Foi sair de seu partido
Pois com um pouco de prosa
Teria então resistido
E com grande liderança
Tocava o barco pra frente
Livrando-se da emboança
Bem forte e tão reluzente
(2210)
Ao fundar a nova sigla
O caminho atrapalhou
Vamos ver se os bons migram
E mudam também de cor
Acho que foi infeliz
Ao preferir trinta e oito
Pois tal número condiz
Com um cara bem afoito
(2211)
E talvez nem tenha tempo
Pra poder se organizar
E fique tudo a destempo
Para eleição disputar
Depende do Tribunal
Que até pode amenizar
Há muita gente do mal
Que só deseja emperrar
(2212)
Veio esse Coronavírus
Que começou lá na China
Já estou maluco e me piro
Com essa carnificina
Governantes enturmados
A decretar quarentena
O povo embaraçado
Sem trabalhar, uma pena
(2213)
O do Rio tem anseio
De ser nosso presidente
O Jair foi seu esteio
Pra ficar tão sorridente
E depois que se elegeu
Derrubou toda barraca
Nem sequer agradeceu
Não merece uma pataca
(2214)
Sim porque voto não tinha
Foi guindado de favor
Juiz de primeira linha
Mas sem voto do eleitor
E recebeu muita ajuda
Do provável vencedor
Que foi deveras graúda
Esse cara é um temor
(2215)
Prega a insurreição
Do povo contra o poder
Desmantelar a nação
Não é esse seu dever
É caso de GLO
Pra botar tudo nos eixos
Pois o país é um só
Não se ligue para o Freixo
(2216)
O de São Pulo também
Segue na mesma trilha
E todos no mesmo trem
Que por certo descarrilha
Porque também no Nordeste
A cantiga se repete
E por demais que se investe
Levará sempre bufete
(2217)
Veio esse grande Fundão
Com as emendas forçadas
É dinheiro de roldão
As finanças desmontadas
Arrombaram com as bolsas
De valores pelo mundo
Um bando de calças frouxas
E de muito vagabundo
(2218)
Foi uma grande mancada
O país negociar
Uma cifra tão pesada
Pro político gastar
E com Maia tudo passa
Pois resolveu inventar
Com a verba tão escassa
Onde que vamos parar!
(2219)
A mídia que está cobrando
Uma maior rapidez
Pro “voucher” logo ir pagando
Tá havendo timidez
De onde virá o dinheiro
Vem a pergunta do dia
No caixa só tem palheiro
Pois gastou na burguesia
(2220)
O Maia quer mais ligeiro
Porque vai ser candidato
Lá no Rio de Janeiro
A prefeito isso é fato
Está parecendo um lorde
Domina a situação
Com audiência recorde
Vejo na televisão
(2221)
E vai surgir novo imposto
Nas costas do cidadão
Que já está com desgosto
Dos homens desta União
Vai ser direto na conta
Seja qualquer movimento
A gente vai ficar tonta
Nunca vi tanto jumento
(2222)
A mídia vai chaleirando
Todo mundo que for contra
E por um lado mostrando
Nosso povo se amedronta
Se a oposição retornar
Ao poder nova aventura
Onde que vamos parar
Bem na rua da amargura
 
(31 de março)
 
(2223)
Teve gente que tremeu
Depois que o Vilas falou
E decerto se melou
Num momento emudeceu
Porém foi só um alerta
Dum homem bom, mas doente
Que tem a palavra certa
E já foi muito influente
(2224)
Em mais um aniversário
Do golpe de meia quatro
Um panelaço em rosário
Apupou e fez teatro
Deplorando o presidente
Que no fim vai ser coitado
Vai pagar pelo presente
Os mal feitos do passado
(2225)
Confesso fiquei com pena
Pois o homem é esforçado
Sempre a mesma cantilena
Com um general de lado
E sem apoio do verde
As demais cores se escondem
Recolhidas numa rede
E nem com grito respondem
(2226)
Fica fácil deduzir
Que os sempre inimigos
Querem o país ruir
Mas sem perder seus umbigos
E perdemos mais um dia
De responder duramente
Sem moleza e covardia
Dos que pensam diferente
(2227)
Fez cinquenta e seis aninhos
Que a voz do povo gritou
Pedindo por um jeitinho
E a tropa armada chegou
E botou tudo nos eixos
Gente ruim não gostou
Recolheram os seus queixos
Quando a coisa desandou

 
SilvaGusmão

Foto: GOOGLE
ansilgus
Enviado por ansilgus em 06/04/2020
Reeditado em 06/04/2020
Código do texto: T6908154
Classificação de conteúdo: seguro
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