Lembranças de Menino

Aqui estou de volta

Para falar do meu rincão

Da querida Pedra Branca

Terra de São Sebastião

Do saudoso Geraldo Dantas

Vigário que foi muito amado

Cidade do bispo Zé Doth

Que por todos é lembrado

Lugar que deixou saudade

Profunda em meu coração

Toda vez que de ti eu falo

Me bate forte emoção

Onde deixei muitos amigos

Que lembro a todo momento

Por serem especiais

Não saem do meu pensamento

Pedra Branca tu és para mim

Uma eterna e doce lembrança

Contigo viajo no tempo

Voltando a ser criança

A festa do padroeiro

Sempre foi inesquecível

Novenas, leilões e bailes

Tudo isso era imperdível

Nas barracas muito lotadas

De tudo a gente encontrava

Doces, roupas e calçados

E o povo todo comprava

Lembro que o parque Horizonte

Seus brinquedos ofertava

Jogos e muita música

Que a noite inteira tocava

O bairro da Santa Úrsula

O sítio do Coronel Sabino

O famoso açude do povo

Que brincava quando menino

O antigo beco da gruta

Em frente de casa o mercado

A velha praça do bolo

Onde a gente ficava sentado

A Praça das Castanholas

Adentra a minha memória

Com a Praça do Leão

Que também tem muita história

A igreja e o coreto

A turma sempre animada

Na lanchonete do Jairo

De mesas arrodeada

No CREP e Serrano Club

Tertúlias aconteciam

Na Mouraria e no Baldoino

Os jovens se divertiam

Na Cabana do Zezinho

Que no Posto II ficava

Sempre se fazia festa

Lá também se dançava

O bairro do Bom Princípio

O campo de aviação, o hospital

A Boa Esperança e o Bagaço

No centro, a casa paroquial

A Prainha era outro lugar

Que visitas eu fazia

Pedalando minha bicicleta

Com bastante euforia

São tantas as boas lembranças

Que não consigo todas citar

Momentos da minha infância

Vividos no meu lugar

Um dia, para minha tristeza

De lá tive que partir

Mas ficou em meu coração

A terra onde muito tempo vivi

No ano passado recebi

Uma notícia que me deu muito prazer

Um encontro que conterrâneos

Resolveram promover

O projeto agora continua

Resgatando essa história

Com isso vão preservando

Da nossa terra a memória

A festa vai acontecer

Num delicioso lugar

Que falta eu conhecer

Mas que o nome é Cais Bar

Chico Barreto e Joaquim

São os donos do local

Ambiente muito agradável

De bom gosto musical

Igual ao que existia

Na querida Fortaleza

Esse eu sempre frequentei

Me atendiam com muita presteza

Quem sabe, talvez o destino

Resolva a mim ajudar

E no próximo encontro

Presente eu possa estar

No meu torrão natal

Para então comemorar

E a todos os meus amigos

Poder forte abraçar

Finalizo agora esse texto

Que me veio por inspiração

Quando resolvi falar

Da terra do meu coração

Silvan Magalhães
Enviado por Silvan Magalhães em 17/01/2020
Reeditado em 03/07/2021
Código do texto: T6843710
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