O silêncio da noite é que tem sido Testemunha das minhas amarguras
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras
MOTE: Severina Branca
Já tem tempo que estou nesse lugar
Sem saber quando é que vou sair
Já pensei seriamente em desistir
Dessa vida sem vida pra sonhar
Quantas vezes cheguei desesperar
Vem na mente pra cometer loucuras
No meu peito tão cheio de agruras
Um minuto que vivo é tão sofrido
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras
Quando um preso me olha atravessado
Sinto um medo correr no peito meu
Mas as vezes eu penso não ser eu
Que está num lugar trancafiado
É difícil viver tão vigiado
Humilhado refém das desventuras
O meu filme passado com censuras
Cada ponto da cena é reduzido
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras
Quando choro não tem quem me acalente
Só tem Deus lá no céu que me escuta
É o único que entende a minha luta
Ele sabe essa dor que o peito sente
Se acaso na noite estou doente
Por ter sido espancado nas torturas
Oh meu Deus o Senhor é quem me curas
Nessa cama tão fria em chão batido
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras
Se um parente visita é uma festa
Quatro horas pra mim é tão pouquinho
Pra sentir um abraço um carinho
Um aperto de mão, beijo na testa
Mas a fé para mim inda me resta
Para Deus já orei fiz tantas juras
As menções que eu faço são tão puras
Que eu sinto Jesus ter me ouvido
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras