CORDEL – Passeando em Teresina - Um carnaval arretado – 18.03.2019 (PRL)


CORDEL - Passeando em Teresina - Um carnaval arretado - 18.03.2019 (PRL)
 
 
(01)
Ocorreu em Teresina
Lá no nosso Piauí
Quando um bando de menina
Resolveu escapulir
Lá na Praça da Bandeira
Com toda sua lindeza
Começou a brincadeira
Dum punhado de princesa
(02)
Uns rapazes de Caxias
Bem junto, no Maranhão,
Que com muitas mordomias
Todos filhos de barão
Foram lá pro carnaval
Da capital tão vizinha
Fizeram um escambau
Tanta cachaça que tinha
(03)
A negada só queria
Até então distração
Mas a bebida subia
Correndo frouxo o sermão
As garotas bem vestidas
Com liberdade na mão
De máscaras travestidas
Aumentava a sensação
(04)
Uma delas, Deus do Céu
Nunca vi tão côrralinda
Com certeza tinha mel
Nessa terra foi benvinda
Cada seio era perfeito
Sua bunda avantajada
Tudo sem qualquer defeito
Pronta pra ser acochada
(05)
Sambava como ninguém
Já dançara na avenida
Num formoso vai e vem
De sorte muito aguerrida
Era coisa de cinema
Um convite pra torar
Nem àquelas de Ipanema
Poderiam comparar
(06)
O calor estava intenso
Veio um sujeito abestado
Claro, falta de bom senso
Que já fora amancebado
E deu em cima da bela
Pois indicava dar bola
A um outro tagarela
Que parecia ter cola
(07)
Foi quando veio uma amiga
De todas a mais afoita
Com ciúme duma figa
Que sempre fica na moita
Desconfiou do baitola
Que parecia um condor
Que com cheiro de cebola
O fidaégua expulsou
(08)
Na turma de seis garotas
Feitas todas de encomenda
Mexendo numa ou nas outras
Cada qual com sua prenda
É como casa de abelha
Que fica toda assanhada
Cada uma que se espelha
Nenhuma malamanhada
(09)
Mas a cachaça rolava
Entrando na madrugada
Nessa altura já roçava
E ninguém não via nada
Peito com peito, bumbum
Num alisar bem profundo
Cada qual pegasse um
Porque era o fim do mundo
(10)
Foi o cara que voltou
Querendo mais pelejar
E esse caldo engrossou
Um mondicoisa a falar
Seu capanga uma marmota
Que andava só lombrado
Doido por uma xoxota
Estava extasiado
(11)
Ambiente virou páia
E salve-se quem puder
Não atrapalhe a gandaia
Pra fazer o que quiser
E resolveram aluir
Dali pra churrascaria
Era pertinho dali
E o suor aparecia
(12)
Foram lá pro Labareda
Saborear seu capote
Bem perto duma vereda
Mas levavam uma mascote
Para mostrar o caminho
Era perto e sem problema
Pra tudo se dá jeitinho
Mas pagar era o dilema
(13)
Um local muito do chique
Não vendia o tal fiado
Senão iria pro pique
E de dinheiro quebrado
Mas aceitava cartão
Seja de débito ou crédito
Seu dono bom cidadão
Com atendimento inédito
(14)
Quando o capote chegou
Na mesa dos visitantes
Todo mundo se voltou
Arre égua delirante
Um prato tão arretado
Que só um cego não vê
Mas deixa o queixo babado
Botando pra derreter
(15)
Mas sua diversidade
Em pratos é um colosso
Carne de sol, de verdade,
É maciça não tem osso
Seu cozinheiro profundo
Um mestre pra toda prova
Talvez o melhor do mundo
De vez em quando renova
(16)
O garçom veio de pronto
Sabendo dos visitantes
E já estava meio tonto
Com cenas extravagantes
Então ficou arriado
Pela dita tal menina
Que já de peito mostrado
Durinho e muito divina
(17)
Então ficou avexado
Pois próprio dum batoré
Seu mondrongo já inchado
De doidão pela mulher!
Que mostrava seu biquini
Curto tal fio dental
Lembrando cenas do cine
Que assistiu no vesperal
(18)
Tranquilidade aparente
O garçom meio cansado
Não é bocó boca quente
Aquilo foi bom achado
Vendo a fartura do boga
E também a sua brecha
Com o dono dialoga
Ligeiro como uma flecha
(19)
Queria sair dali
Levando aquela joinha
Antes da gata fugir
E mantendo sua linha
Mas onde está a bufunfa
Pra pagar toda despesa
Quem é bom sempre triunfa
Nessa vida com certeza
(20)
O pobre então assumiu
Descontar de seu salário
O dono assim assentiu
Na intenção desse hilário
Quando o tesão endoidece
O cabra não tem conversa
Somente o sexo apetece
Por vezes muito depressa
(21)
Ele morava na brenha
Num sítio bem aprumado
Não precisava de senha
Seu telefone ligado
E falou pro morador
Coitado, um burro de carga
Mas inda era amador
Com sua cara bem larga
(22)
Ambiente preparado
Um churrasco de primeira
Eita cacunda arretado
Pressa gente tão festeira
A piscina toda azul
A cambada foi chegando
Ficava na zona sul
E cada qual se alojando
(23)
A linda foi pra suíte
Onde lá se abarrancou
Lembrou-se da sinusite
Que no Caxias ficou
Mas o garçom aloprado
Seu carinho começou
Já com fome, endiabrado
Que nem sequer reparou
(24)
E quando passou a mão
Lá direto no chimbiu
Teve assim de supetão
Um bicho que nunca viu
Deu um pinote pra trás
Um pra te vai esnobado
Bem próprio dos animais
E também vitaminado
(25)
Poxa, que fela da puta
Enganou um cidadão
Mas a bunda bem enxuta
Seria boa atração
Vou tentar no fiofó
Um favor para a gatinha
Que gostava do xodó
E dava tudo o que tinha
(26)
Deu uma, duas e três
Foi gozada com fartura
Quem sabe, fica freguês
Dessa doce criatura
Era mais do que fuampa
Ou até um gatorréi
Que chegara lá de Sampa
Querendo enganar o véi
(27)
Mas uma mulher de Nélson
Quer dizer que não existe
Conhecida por Adelson
Que no coração persiste
Dali foram pra piscina
Naquela toda euforia
Com ciúme da menina
Da outra que não queria
(28)
E já era quarta-feira
O tempo passou ligeiro
Foi tudo na brincadeira
Esperar um ano inteiro
Para um novo carnaval
E relembrar a aventura
Do famoso bacanal
Repleto de gostosura
(29)
E quem quiser inredar
Vai istruir o seu papo
Confusão vai arranjar
Vai merecer um sopapo
E se for uma lacraia
Dessas boas de lambança
Leva um rabo-de-arraia
E perde toda esperança

 
Isso aqui é apenas uma brincadeira, sem qualquer cunho de verdade, sem pé e nem cabeça, criada para distrair os meus leitores, não tendo nenhuma conotação nem desejo e nem vontade de ofender a ninguém neste mundo de meu Deus, porquanto a liberdade de ser e de agir é própria da democracia. Procurei utilizar algumas expressões do famoso dicionário Piauiês, em homenagem aos amigos dessa terra linda e maravilhosa.
 
SilvaGusmão

Foto: INTERNET/GOOGLE
Fonte: PEN-DRIVE do autor


22/11/2019 09:37 - Jacó Filho interagiu e muito bem. Grato compadre:

O clima de Teresina,
Ao amor favorece...
As mulheres nem bem cresce,
Os homens já dão em cima.
O carnaval é desculpa,
De quem quer se divertir,
Mas sem amor, assumir,
E nem levar na garupa...
Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...

A grande poetisa Aila Brito, das terras do Piauí, interagiu lindamente:

Carnaval em Teresina
tal qual o clima é bem quente
baitola ou menina
ondulam como u'a serpente
sambando na avenida
deixando o turista afoito
com sensual investida
tentando molhar o biscoito.

rsss.

Grato, amiga...ansilgus.

30/11/2019 13:48 - Trovador das Alterosas ineragiu:

Poeta gostei da farra
Mas vi logo a confusão
Pensei viajar na marra
Piauí minha paixão
Para colocar a garra
Na garota poposão
Mas aí a coisa esbarra
Se na frente tem culhão.

Boa tarde meu mestre pássando para lhe desejar um ótimo final de semana. Abração do Trovador.

Grato grande Trovador...meu abraço...ansilgus.
ansilgus
Enviado por ansilgus em 22/11/2019
Reeditado em 30/11/2019
Código do texto: T6800905
Classificação de conteúdo: seguro
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