PRISÃO DE LÁGRIMAS
 
Meus sentimentos explodiam
Eu só queria falar
De uma forma qualquer
Para não me sufocar
Colocar tudo pra fora
Que vem em minha memória
Só queria me livrar
Porém as lágrimas no peito
Me pegou forte, de jeito
Afim de me aprisionar.
 
Não vejo céu ou horizonte
Já não vejo um novo dia
Só vejo muita tristeza
Tristeza e muita agonia
Me abraça a solidão
Em meio a essa prisão
Peço ao grande “criador”
Que me guie no caminho
Ou me deixe aqui sozinho
Só preciso de amor.
 
Uma voz então me ouviu
E trouxe a paz em meu peito
Se era um anjo não sei
Porém me prendeu de um jeito
Do jeito que nunca quis
Me apaixonei de verdade
Com tanta felicidade
Até me senti feliz.
 
Então daquele momento
Minhas lágrimas desataram
E todos os meus fantasmas
Incrível, me abandonaram
Porque deixei para trás
A vos que era capaz
De ditar meus tropos passos
Aquilo que me doía
A gaiola que me prendia
Se perdeu no meio do espaço.
 
E eu renasci das cinzas
Igual a Fênix da Grécia
Minha prisão se desfez
E eu fui feliz a bessa
Todas as lágrimas choradas
No final tornou-se nada
Apenas aprendizado
Livre e solto no espaço
Me senti dentro do abraço
De um mundo encantado.

JOEL MARINHO