O Presente Roubado

1375716.png

Numa véspera de sexta-feira
Chamada a da “Paixão”,
Um desejo nuito forte<
Me bateu no coração,
Tive vontade de comer,
Uma comida deliciosa,
Feita com óleo de dendê,
Na Hora do meu almoço,
Típica do Nosso Nordeste,
O gostoso peixe de côco!

Falei alto dentro de casa,
Expressei o meu desejo,
Visualizei a panela cheia,
E o molho a borbulhar,
O peixe poderia até ser
Uma Corvina ou Badejo,
Mas não esquentei a cabeça,
Não tinha dinheiro pra comprar,
Depois acabei esquecendo,
Pois não tinha aonde buscar!


Aí aconteceu uma surpresa ....

Expedita era uma mulher,
Bem pra lá de esquisita,
E nessa sexta feira Santa,
Resolveu dar um presente,
Para todas as vizinhas.
Eram ao todo oito famílias,
Se a memoria não me erra,
que viviam numa vila,
calma serena tranquila,
bem ao pé de uma serra!

Expedita levantou-se,
Bem cedinho pra rezar,
E ao terminar suas preces,
Disse ter visto um ser,
Que veio com ela falar.
Vai á grande peixaria,
E pega para tuas vizinhas,
Aquele peixe Corvina,
Vai cumprir a tua sina
E, cuidado pra não errar!

Ela não contou historia,
Foi logo pegando a sacola,
E para o mercado marchou,
Disse ela que aquele ser
Ao mercado lhe acompanhou
Pasmem, meus queridos,
Dezesseis quilos de corvina,
Falo sem tirar nem por,
Pegou tudo na surdina,
No mercado sim senhor!

Expedita trabalhou muito
Foi quase o dia inteiro
Mas levou pra todo mundo
Da vila, o presente do pesqueiro
Não sei como foi que ela fez,
Pois ela comprou aos poucos
Foram oito viagens vinha e ia,
andando de um lado pra outro
Entregando a mercadoria,
alegre e com muito gosto!

A primeira contemplada,
Foi justamente minha casa,
Dois quilos de Corvina,
Sem escamas toda limpa
Só não estava temperada
Nossa, quando eu recebi,
O presente fiquei alegre
e até pensei assim
Deus ouviu as minhas preces,
Foi tão grande a surpresa
Então só agradeci e depressa,
abri o pacote sobre a mesa!

E assim fez a Expedita
Trabalhou que fazia dó,
Entrava no supermercado,
e não tinha trololó
Saía com a sacola cheia.
meu amigo você creia,
Sem se cansar, era esperta,
Ela começou de manhã
E foi até a Vila Vizinha
Levar uma Corvinazinha
Com prazer pra sua irmã

Quando foi na ultima viagem
Foi pêga com a mão na botija
Venha cá minha senhora,
Por favor, não se aflija,
Queira me acompanhar,
Levaram-na aos seguranças,
E todos eles perguntavam,
O que você leva as escondidas?
Olhem, é só um peixinho,
Vou levar pra minha vizinha!

A senhora então já pagou
Por essa mercadoria?
Não vou mentir meu senhor,
Peguei pois ele me mandou!
Ele quem minha Senhora?
Diga quem é esse safado,
Ela disse: foi um ser,
Ele era todo iluminado e,
Mandou que eu levasse
Já falei pronto, está falado!

Então um dos seguranças,
Fez sinal de que ela talvez,
era, Deficiente Mental
e dispensou-a de vez.
Tá certo, pode ir embora
Não faça isso nunca, mais!
Mas ela mesma nos contou
O que tinha se passado
E sem saber meu senhor
Toda a Vila se esbaldou
Comendo peixe roubado!


(Isso é a mais pura verdade! kkk)
?id=1370733&maxw=120&maxh=120

Obs:
trololó = conversa fiada

 
 
Ahavah
Enviado por Ahavah em 05/07/2019
Reeditado em 05/07/2019
Código do texto: T6688710
Classificação de conteúdo: seguro