Sesquicentenário de Amaraji! 150 anos de Histórias! Chá Literário - Ano II

O nosso chá está pronto

Com nossos casos e contos

Uma mistura que deu certo

Cheia de arte e encanto

Venha também fazer parte

Será muito rico, eu garanto.

Este já é o segundo ano

O primeiro foi um sucesso

Preparamos com muito gosto

Para que todos tenham acesso:

À literatura, à cultura e à arte

Que eu nestes versos professo.

Com requinte e muita prosa

E com um gosto cultural

Estamos bem reunidos

De forma bem cordial

Com leituras de poemas

E apresentação musical.

A intenção deste encontro

É juntos podermos contar

Histórias do nosso povo

Tão boas pra relembrar

Com tanta gente bacana

E do passado recordar.

No ano III estarei aqui

Pra mais uma xícara de chá

No nosso terceiro encontro

Com mais histórias pra contar

Dos que deixaram saudades

E o que vale a pena lembrar.

Agora eu mudo minha fala

Pra focar na minha terrinha

Deixar meus cumprimentos

Para a cidade queridinha

Pois de todas que já passei

Não tem melhor que a minha.

Minha gente, vamos nessa

Vamos juntos celebrar

São 150 anos de idade

E de histórias pra contar

Personagens tão queridos

Nestes versos vou narrar.

Os amarajienses se orgulham

Do seu sesquicentenário

Um século e meio se passou

Com mudanças no cenário

E as lembranças e saudades

Em nosso plano imaginário.

Havia uma pequena feira

Toda pronta para se exibir

E o comércio e novas casas

Para a feirinha foi atrair

E os feirantes se juntaram

Para suas vendas garantir.

E tudo isso teve início

Num lugar perto daqui

Foi lá no Engenho Garra

Que a cidade pôde surgir

Passou de rural a urbana

Então se chamou Amaraji.

Mas antes de virar cidade

Foi um pequeno povoado:

São José da Boa Esperança

Por esse nome foi batizado

E o santo com toda sua fé

Deixou o torrão abençoado.

Depois da capela construída

São José, a mesma abençoou

Pra proteger a terra querida

Com a fé que Deus lhe ofertou

E assim foi o nosso padroeiro

A quem a cidade se devotou.

Em 1889 com lei de província

Categoria de vila, este ganhou

E de um povoado a um vilarejo

A nossa terrinha se elevou

Após um ano, depois disso tudo

A nossa vila se municipalizou.

Teve muitos nomes: Amaracy

Depois Amaragi, tira e bota

Risca e escreve e então apaga

Pega o papel e depois anota

Troca as letras e fica o som

No fim o “G” perdeu pra o “J”.

Amar e agir, ações do coração

E munícipes com hospitalidade

Visitantes que vêm por adoção

Fazer parte da nossa sociedade

Qualidades que temos de montão:

Caráter, paixão, força e humildade.

Tens um jeito incrível de acolher

Pessoas que por aqui passeiam

Que pretendem a cidade conhecer

E de Gonçalves parafraseiam

Sons melódicos cantados de que:

"Nós somos aves que aqui gorjeiam".

Tu és a princesinha dos canaviais

Embelezada por suas cachoeiras

E junto com os seus mananciais

És a terra mais hospitaleira.

Agora parafraseio Casimiro e digo:

"Possuis as tardes mais fagueiras".

Elogio pra você nunca é desnecessário

23 de julho é dia que todo mundo comenta

Sobretudo pela festa do seu aniversário

E o amor que no coração representa

Com homenagens, histórias ou fatos.

Quantos anos estás a fazer?! Ah, 150.

Já tivemos uma ruma de artistas

Com talentos e valores culturais

Artesãos e dançarinos detalhistas

Com folia alegravam os carnavais

Fim de ano, época tão bem vista

E assim encantavam nos natais.

Tivemos uma figura icônica

Que foi uma grande mulher:

Que a bordo de uma charrete

Ou inúmeras vezes a pé

Passeou e eternizou-se

Dando seus simples rolés.

Lembro bem da TV Amaraji

E o programa que ela recebia

Pessoas pra prosear em casa

Contação de histórias havia

E chegando o fim da tarde

O "chá das cinco" bebia.

Sem esquecer que ela foi

De Amaraji, autora do hino

Escreveu versos e poesias

Sempre apegada ao divino

Tão cheia de cultura e arte

Esse já era o seu destino.

Ela foi alguém que amou

Sobretudo a nossa cidade

Quantas crianças educou

Sempre com boa vontade

Viveu à frente do tempo

Uma dama da sociedade.

Então, já descobriram quem é?

Eu garanto que não ficou vago

Puxo a orelha de quem não souber.

São lembranças que comigo trago

Pra homenagear a grande mulher

Que foi, que foi... Mara Santiago.

Agora encerro aqui minha fala

Amaraji é um pequeno paraíso

E junto com o Chá Literário

E a lembrança marcante de Mara

Parabenizo a cidade e aviso

Morar aqui é extraordinário.

Sillino Vitalle
Enviado por Sillino Vitalle em 27/09/2018
Reeditado em 01/02/2023
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