FESTIVAL DE VIOLA

Festival de viola

É como moça bonita

Que passa se rebolando

E enquanto vai passando

O povo todo se agita.

É bonito de se ver

O dedilhar da viola

O povo todo aclamando

E o poeta por desmando

Tirar versos da cachola.

Tem mote de todo tipo

Rima rica, rima pobre

E do homem rude sem jeito

A poesia aflora ao peito

Para torná-lo num nobre

Do repente de um poeta

Sempre surge uma verdade

Atinge a moça plebeia

Comove toda a plateia

Faz do herói um covarde

A arte do improviso

Não se aprende na escola

É coisa que n’alma adentra

E que só então se arrebenta

No dedilhar da viola.

Viola e violeiro

Dupla mais que perfeita

Ele sem ela não fala

Ela sem ele se cala

Um ao outro não enjeita.

Quem ainda não conhece

A poesia e o repente

Não viu ainda a verdade

Não leu do livro a metade

Pra saber como se sente

A viola e o violeiro

Pra sempre existirão

O violeiro é o talento

E a viola o alento

Pra quem tem coração.

ignacio santos
Enviado por ignacio santos em 02/08/2018
Código do texto: T6407179
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