SAUDADE DO MEU TEMPO DE CRIANÇA

Que saudade do meu tempo de criança

De correr nas campinas do passado

De quebrar milho verde no roçado

E pegar louva-deus ou esperança

Da “Comadre Fulozinha” vê a trança

Bem tecida na crina do cavalo

Feita à noite antes do cantar do galo

Essas coisas inda hoje traz intrigas

As estórias de trancoso e as cantigas

Do chocalho apanhando do badalo.

De repente as lembranças num estalo

Traz o cheiro da sangria do açude

O “Riacho da Corneta” em plenitude

O foguedo no “Açude Catolé”

O mergulho, salto solto e cangapé

Mucegar na porteira, o cambiteiro

Tirar “vara de pescar” de marmeleiro

Sentir cheiro da queda antes do baque

Mata-pasto em cadeira como um parque

Tanajura a sair do formigueiro.

Thiago Alves -02-04-2018.

A Arte de Thiago Alves
Enviado por A Arte de Thiago Alves em 05/04/2018
Reeditado em 03/04/2019
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