Zecabrito e Silas Colcci,enroladores enrolados
Larápio,gatuno,estradeiro Malandro,171,vigário Farsante,pabuloso,charlatão Impostor,biltre,estilionatário Infame,vil,flibusteiro Ignomínio,opróbio,caloteiro
Patife,velhaco,salafrário
Vivem a procura do otário
Desinformado,o Zé Mané
No entanto,digo porém
Tem bom ladrão,tem ralé
Pra toda regra uma exceção
Faço aviso de antemão
Essa história assim é
Velho ditado eu ponho fé
Que crime não compensa
Os destemidos arriscam
Riqueza,luxo se pensa
Ensaiam, planejamento
As vezes falta talento
Pra alcançar recompensa
Este conto se condensa
No humor,na zombaria
Dois amigos desde cedo
Sonhavam com mordomia
Driblar sistema,um atalho
Enriquecer pois trabalho
Eles possuíam alergia
Vulgo,alcunha uma cacofonia
Pra esse enredo temperar
Um chamado Zecabrito
Silas Coussi pode acreditar
Nomes reais de batismo
Sem tirar onda,cinismo
Que mal gosto ao registrar
Do primeiro vou explicar
De que forma originou
José Carlos herda do pai
Brito sobrenome do avô
Magro e alto,um catito
Abreviaram Zecabrito
Esse apelido que colou
O segundo se ocasionou
Infeliz,azarada mistura
Sua mãe escolheu Silas
O seu pai grande fugura
Colcci a marca de roupa
Achava chique não poupa
Queria,fez ninguém segura
Bullying sofreram,a cultura
Com a dupla nada gentil
Eram motivo de mangação
No ambiente estudantil
Professora ao fazer chamada
A bagunça era generalizada
Nomes estranhos se ouviu
Paciência esgotou,ruiu
Queriam dar o troco
Não era com violência
Na base de chute,soco
Valentão iriam sacanear
Imposição, território marcar
Lhe respeitarem um pouco
Aprontaram com El Loco
O brutamontes da escola
Roubaram dinheiro,lanche
Na banca puseram cola
Foi triste,marmanjo colado
O SAMU logo chamado
Para ver se o descola
Se achando reis da bola
Riam daquela brincadeira
El Loco se recuperando
Cirurgia,tirado da cadeira
Revanche teria os dois
Que se preparassem pois
Desceria neles a madeira
Depois pense na bagaceira
Dupla,delinquentes, se dão mal
Mexe com quem tá quieto
Levam cachoeira de pau
Não restou pedra sobre pedra
Enorme,intenso quebra quebra
Virou notícia no jornal
De surra não tiram moral
Continuam o mesmo ofício
Trabalhar dá muito trabalho
Ser assalariado é difícil
Fantasiam grandes golpistas
Dinheiro e mulheres,otimistas
Na manha,lábia,artifício
Falcatrua daria início
Golpe bilhete premiado
Vão a rua averiguando
Um senhor é abordado
Ganhei não quero receber
Pechincha vendo a você
Esse papel tão recheado
Velhinho esperto,letrado
Coisa errada certeza tem
Alguém ganha na loteria
Mudar rotina e viver bem
Esse canhoto quer dar fim
Cheira mal para mim
Venda a polícia aí vem
O idoso malandro também
Botão de pânico detona
Aplicativo no celular
Polícia militar aciona
Silas Colcci se lascou
Zecabrito o acompanhou
Nessa infértil maratona
O modelo antigo e cafona
Safados tentaram seguir
Falhou outra modalidade
Aderem, começam investir
Grana fácil de pacote
Falso sequestro,um trote
Sendo hábil em persuadir
Lista de ricos,é só mentir
Tocam o terror de primeira
Sua filha estamos,resgate
É 100 mil, ela volta inteira
Meia hora darei endereço
Falhando já sabe o preço
Deixo menina igual peneira
Feito patos,arapuca certeira
Elementos festejam,sem stress
Churrasco e bebidas caras
Usufruem pouco,num flash
Os homens vem,problema
Saem amarrados,na algema
Nas cédulas havia GPS
Réu primário,nada acontece
Fiança paga e um boletim
Amigos abandonam crime
Só que não,sangue ruim
Todo pau que nasce torto
Muda apenas quando morto
Caso deles era bem assim
Buscavam mordomia,camarim
Linha de pensamento insiste
Uma luz no fim do túnel
Pote de ouro se conquiste
Decidiram uma igreja fundar
No mundo vive a prosperar
Melhor negócio não existe
Arquitetam plano ele consiste
Congregação Relevo Sagrado
Vida confortável noutra vida
Terreno no céu tá loteado
Sermões pregam pastores
Atraindo fieis compradores
O esquema foi implantado
Muito religioso ludibriado
Adquirindo área celeste
Entretanto a ficha caiu
Multidão virada na peste
Pra encurtar esse cordel
Quase iam terreno no céu
Vigaristas reprovados no teste
Resumindo nada que preste
Ideias,planos desastrados
Trapacear não é para todos
Passaram por maus bocados
Rapadura nem sempre é doce
Zecabrito e Silas Coussi
Os Enroladores Enrolados
Jonnata Henrique 10/11/17