MONÓLOGO DE ZÉ MANÉ /com palavras regionais

MONOLOGO DE ZÉ MANÉ

Ao encontrar-me com meu amigo ZÉ MANÉ

Que nasceu também no sitio CATOLÉ,

Quando desci do carro ele foi logo dizendo:

“Ei bichi ta pesano o que so promode istudou na capitá,

Num tá nem cum a gota serena

De ter mi isquecido, nós qui fumos criaças,

E quando pequeno toda a nossa infança,

Brincano de pião, pescava lá no açude,

Curria pro entre as brenhaas chei de saúde

Só pru que istudou na capitá, num fala cum a gente,

Esqueceu de mim foi eu de você num isquecia,

Isquecer é cuma não lembrar de nossas estripulias.

E nu mei de tanta loucura e fulia

Você não sabe a ti ver quanta alegria

Pois ivez de ficar ai sartano qui nem macaco

Numei do povo pulano feito pipoca

Para lembrá nosso tempo de amigo

Venha mi dar um abrço seu bixiga taboca.

Eu você e o disgraçado ddo fii de Noca

Lebrano quando da vida não tiamos apego

Mexíamos cum todos nimguem tinha socego

E muitas vezes de nosso pais apanhava

De chibata feito um disgraçado dum jumento

A gente chorava só por alguns momento

O povo diziam que estavamo cum 600 mlis diabos

Pro deixar todo mundo louco e brabo.

Chamavam a gente de infeliz das costa ocas

Mi lembro dus mocegos que agente pegávamos

Inda piqueno pra na cair nós cum foca agarrava

Na traseira do caminhão de seu virgulino

Ó Cuma era bom nosso tempo de minino

Depois nós foi virano grande e rapaz

A alegria daquele tempo não tem mais

Só ficou cá gente doce recordação

De quando nós era piqueno, criança

E si vivia a verdadeira infança.” João Pessoa-PB,28/06/2016

Francisco Solange Fonseca

FSFonseca
Enviado por FSFonseca em 28/06/2016
Código do texto: T5681666
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