CASEBRE DO MEU PASSADO
A cabana aonde eu nasci
Não tinha luxo nem riqueza
Mas quão feliz fui ali
Vivenciando tanta beleza
O rugido dos animais
O piar da juriti
Do jaó e das trocais
Pobrezinha que dava dó
Barreada de chão batido
E amarrada de cipó
Duas portas e uma janela
Madeiras cheias de nó
Obra de arte artesanal
Tosca muito singela
No topo de uma colina
Cercada por dois regatos
Ali dei os primeiros passos
Sorvi o cheiro do mato
Bebi sua água pura
Filtrada pela natureza
Vi a lua espalhar candura
Ouvi o rugir das feras
A revoada dos vaga-lumes
O desabrochar da primavera
A brisa carregar perfumes
A aurora tingir o horizonte
O crepúsculo inebriar a noite
E o sereno beijar os motes
Nas fantasia de minha infância
Imitando os gestos de papai
Fingia-me ser gente grande
Vejo miragem nessa utopia
Mas o tempo não volta mais
Restando doces lembranças
Agora sonho que sou criança!
A cabana aonde eu nasci
Não tinha luxo nem riqueza
Mas quão feliz fui ali
Vivenciando tanta beleza
O rugido dos animais
O piar da juriti
Do jaó e das trocais
Pobrezinha que dava dó
Barreada de chão batido
E amarrada de cipó
Duas portas e uma janela
Madeiras cheias de nó
Obra de arte artesanal
Tosca muito singela
No topo de uma colina
Cercada por dois regatos
Ali dei os primeiros passos
Sorvi o cheiro do mato
Bebi sua água pura
Filtrada pela natureza
Vi a lua espalhar candura
Ouvi o rugir das feras
A revoada dos vaga-lumes
O desabrochar da primavera
A brisa carregar perfumes
A aurora tingir o horizonte
O crepúsculo inebriar a noite
E o sereno beijar os motes
Nas fantasia de minha infância
Imitando os gestos de papai
Fingia-me ser gente grande
Vejo miragem nessa utopia
Mas o tempo não volta mais
Restando doces lembranças
Agora sonho que sou criança!