A GUERRA DOS CANGACEIROS
... Ninguém era de ninguém,
Os pares se invertiam.
Juana mulher de Zeca
Ficava com seu Francisco
E pretinha sua esposa
Agarrava a tio Zico.
Era tanto resfolego
Destas mulheres vadias,
Melavam-se e se curtiam,
Desde os meninos moço
Até José e Titia.
Exaltavam gritando viva
Em momento de alegria.
Os povos desta festança
Ficaram todos assustados
Começaram se formar
Uma grande gritaria.
Ouviam-se estampidos de
Tiros que explodiam
As balas cortava tudo,
Até os galhos dos matos
E das grandes sucupiras.
Os festeiros apavorados
De medo até tremia,
Corriam de todos os lados,
Sem saber aonde iam,
Os tiros iam zunindo,
E eles se escondiam,
Mas os cabras atirador
Sabiam o que faziam,
Não era contra os festeiros
Que esta luta acontecia,
No meio da multidão.
Os soldados capturas
Estavam pronto para agir,
Mas na hora do embate
Saíram na disparada,
Borravam-se de pavor,
E tudo que tinha ingerido,
Nesta festa oferecia.
Com a barriga doendo,
As tripas se contorcendo,
Pelo bueiro de baixo,
Saia caca e fedia.
Com medo de morrer
Só pensavam em fugir.
O sargento Abdias
E o cabo Zé Maria
Mais outros milicianos
Meteram a cara no mundo
E por aqueles caminhos
Em poucos minutos sumia.
Com aquele corre, corre.
Os cabras deixaram a dança
Pras balas não acertar,
Largaram as damas os parceiros
Na hora do entrevero
Pros tiros não machucar.
Corriam para todos os lados,
Escondia-se se podiam,
Iam pra debaixo da mesa,
Chocavam-se uns ao outros,
Embaraçavam-se e caia.
Derrubaram o pilão.
Quebraram o tabuleiro
Pisaram no rabo do gato,
Gente rolava no chão
Escondiam no banheiro,
Corriam sem direção,
Nas paredes se chocavam,
Até dava ré nos traseiros,
Suaram até os regos
Na hora do pesadelo,
Pernas pra quem te quero,
Uns levantaram da cama,
Quando dormiam na rede,
Isso sem contar a mocinha,
Correu largou o parceiro,
Cansou e ficou afoito.
Na hora de xumbregarem
O sujeito azarado
Nem completou o coito.
Como o galo garnisé.
Arrastando suas asas
Em vota a sua fêmea.
Ficou só no acho não acho,
Não conseguiu ir em frente,
Só risca cisca e belisca,
este mela-melaço.,
no placar de zero a zero...,
...Ainda não foi desta vez,
Que a moça Bonitinha
veio a perder o cabaço.
Machucaram dona teca,
Esfolaram dona mica,
Tropeçaram no cachorro
Caíram de bunda no taxo,
Derramaram a canjica.
As mocinhas assanhadas
Que dançavam agarradinhas
Largaram a vadiagem,
Os canos das espingardas,
Cuspia fogo em fumaça,
De munição foram quilos,
Até esvaziavam os maços,
Foi uma chuva de chumbo,
Furava o que tinha na frente
Tudo ficava marcado.
Nem sobraram espaços,
A mira era certeira
Só os alvos acertavam,
Onde as balas lá batiam
Transformava uma peneira.
Dois besouros sem asas,
Em fogo incandescente,
Voava cortando ares,
Em acidente fatal,
Acertou o peito do tal,
Foi sem querer esse intento.
Dois pipocos assassinos
Mataram seu Dorvalino
Bem no batente da porta.
Ouviam-se os estampidos,
Eram tiros que explodia
Tinindo furando todo
Na mira dos paus de fogos
Só fumaça que saia...
(Antônio Herrero Portilho/20/01/2016
... Ninguém era de ninguém,
Os pares se invertiam.
Juana mulher de Zeca
Ficava com seu Francisco
E pretinha sua esposa
Agarrava a tio Zico.
Era tanto resfolego
Destas mulheres vadias,
Melavam-se e se curtiam,
Desde os meninos moço
Até José e Titia.
Exaltavam gritando viva
Em momento de alegria.
Os povos desta festança
Ficaram todos assustados
Começaram se formar
Uma grande gritaria.
Ouviam-se estampidos de
Tiros que explodiam
As balas cortava tudo,
Até os galhos dos matos
E das grandes sucupiras.
Os festeiros apavorados
De medo até tremia,
Corriam de todos os lados,
Sem saber aonde iam,
Os tiros iam zunindo,
E eles se escondiam,
Mas os cabras atirador
Sabiam o que faziam,
Não era contra os festeiros
Que esta luta acontecia,
No meio da multidão.
Os soldados capturas
Estavam pronto para agir,
Mas na hora do embate
Saíram na disparada,
Borravam-se de pavor,
E tudo que tinha ingerido,
Nesta festa oferecia.
Com a barriga doendo,
As tripas se contorcendo,
Pelo bueiro de baixo,
Saia caca e fedia.
Com medo de morrer
Só pensavam em fugir.
O sargento Abdias
E o cabo Zé Maria
Mais outros milicianos
Meteram a cara no mundo
E por aqueles caminhos
Em poucos minutos sumia.
Com aquele corre, corre.
Os cabras deixaram a dança
Pras balas não acertar,
Largaram as damas os parceiros
Na hora do entrevero
Pros tiros não machucar.
Corriam para todos os lados,
Escondia-se se podiam,
Iam pra debaixo da mesa,
Chocavam-se uns ao outros,
Embaraçavam-se e caia.
Derrubaram o pilão.
Quebraram o tabuleiro
Pisaram no rabo do gato,
Gente rolava no chão
Escondiam no banheiro,
Corriam sem direção,
Nas paredes se chocavam,
Até dava ré nos traseiros,
Suaram até os regos
Na hora do pesadelo,
Pernas pra quem te quero,
Uns levantaram da cama,
Quando dormiam na rede,
Isso sem contar a mocinha,
Correu largou o parceiro,
Cansou e ficou afoito.
Na hora de xumbregarem
O sujeito azarado
Nem completou o coito.
Como o galo garnisé.
Arrastando suas asas
Em vota a sua fêmea.
Ficou só no acho não acho,
Não conseguiu ir em frente,
Só risca cisca e belisca,
este mela-melaço.,
no placar de zero a zero...,
...Ainda não foi desta vez,
Que a moça Bonitinha
veio a perder o cabaço.
Machucaram dona teca,
Esfolaram dona mica,
Tropeçaram no cachorro
Caíram de bunda no taxo,
Derramaram a canjica.
As mocinhas assanhadas
Que dançavam agarradinhas
Largaram a vadiagem,
Os canos das espingardas,
Cuspia fogo em fumaça,
De munição foram quilos,
Até esvaziavam os maços,
Foi uma chuva de chumbo,
Furava o que tinha na frente
Tudo ficava marcado.
Nem sobraram espaços,
A mira era certeira
Só os alvos acertavam,
Onde as balas lá batiam
Transformava uma peneira.
Dois besouros sem asas,
Em fogo incandescente,
Voava cortando ares,
Em acidente fatal,
Acertou o peito do tal,
Foi sem querer esse intento.
Dois pipocos assassinos
Mataram seu Dorvalino
Bem no batente da porta.
Ouviam-se os estampidos,
Eram tiros que explodia
Tinindo furando todo
Na mira dos paus de fogos
Só fumaça que saia...
(Antônio Herrero Portilho/20/01/2016