Sermão da Montanha - Mateus 6 - Cordel de Thiago Alves

Versículos de 1 à 34

Vossa esmola ante os homens

Guardai-vos de assim fazer

Para ser vistos por eles

Vos digo no meu dizer

Que não tereis galardão

Que o Pai venha conceder.

Quando deres esmola não

Faças a trombeta tocar

Mesmo diante de ti,

Como os hipócritas que há

Nas sinagogas e nas ruas

Vindo em si glorificar.

Em verdade em verdade

Vos digo que estes já

Receberam o galardão

E não irão mais ganhar

Aquele que o Pai dos céus

Estava a lhes preparar.

Mas, quando tu deres esmola,

Não saiba a esquerda mão

O que faz a tua direita

Não haja a revelação

E o Pai que vê em secreto

Dará recompensação.

Quando orares, não sejas

Como hipócrita há orar

Pois em orar se comprazem

Nas sinagogas a ficar

Em pé bem como nas ruas

Para aos homens isso mostrar.

Em verdade eu vos digo

Vos digo em verdade já

Receberam o galardão

Que deveriam ganhar

Dado pelo Pai dos céus

Quando lá fossem chegar.

Entra no teu aposento

Tu quando fores orar

E fechando a tua porta

Ora a teu Pai que está

Em secreto e Ele vê

E te recompensará.

Quando orares não useis

De vaga repetição

Como os gentios que isso fazem

E tomam essa posição

Por muito assim falarem

Pensam que ouvidos serão.

Não assemelheis a eles

Imitando o seu agir

Porque o vosso Pai sabe

Tudo e como deve agir

O que vos é necessário

Antes que o venha pedir.

Portanto assim orareis:

Pai nosso, que estás nos céus

Santificado é o teu nome;

Venha o vosso reino em véu

Seja feita tua vontade

Na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia

Também hoje vós nos dai

E como nós perdoamos

Nossos devedores os tais

Assim nós também pedimos

Nossas dívidas perdoai.

E não nos deixe cair

Na maldita tentação

Nos livre de todo mal

Teu é o reino como são

O poder e glória eterna

Para sempre. Amém serão.

Pois se perdoardes aos homens

Suas ofensas que há

Vosso Pai celestial

Também vos perdoará

Se, porém, não perdoardes

Ele assim a ti fará.

Quando vós pois jejuardes

Não vos mostreis contristados

Como fazem os hipócritas

Com rostos desfigurados

Para parecer aos homens

Que assim têm jejuado.

Em verdade eu vos digo

Vos digo em convicção

Os que assim se parecerem

Para esta percepção

Estes aí já receberam

Seu devido galardão.

Mas tu quando jejuares

Unge tua cabeça e lava

Teu rosto à não pareceres

Aos homens que tu estavas

Em jejum e teu Pai vê

E teu galardão destrava.

Digo que não ajunteis

Tesouros aqui na terra,

Onde a traça e a ferrugem

Tudo consomem e encerra

E onde os ladrões sempre minam

E roubam e nisso se aterra.

Mas vós ajuntai tesouros

No céu que assim será

Nem traça e nem ferrugem

Consomem o que ali está

Ladrões não minam nem roubam

Do tesouro posto lá.

Pois assim mesmo é o homem

Com essa proposição

Digo que onde estiver

Vosso tesouro estarão

Aí vossos interesses

Também vosso coração.

Vos digo que a candeia

Do corpo os olhos são

De sorte que se teus olhos

Forem bons assim serão

E teu corpo terá luz

Que iluminará teu chão.

Se teus olhos forem maus

Teu corpo escurecerá

Um corpo mais tenebroso

E a luz que em ti haverá

Se tornarão ela em trevas

Grandes trevas assim será.

E ninguém pode servir

A dois senhores em par

Pois irá amar a um

Ao outro irá odiar

Não podeis servir a Deus

E a Mamom querer amar.

Vos digo que não andeis

Cuidadosos no por vir

Pelo que haveis de comer

Ou que hás de beber aqui

Nem quanto ao vosso corpo

Pelo que haveis de vestir.

Não é a vida maior

Do que mesmo o mantimento?

E o corpo não vale mais

Do que o seu vestimento?

Porque andais preocupado

Nestas coisas de momento?

Olhai as aves do céu,

Não semeiam a cultivar

Nem ajuntam em celeiros

E o Pai vem alimentar

E vós não tendes mais valor

Que as aves a voar?

Mesmo com todo o cuidado

Qual entre vós poderá

Durante seu crescimento

Poder assim retardar

E um côvado a sua estatura

Ou vir a lhe acrescentar?

Quanto ao vestir não andais

Tanto a vos preocupar

Olhai os lírios do campo

Que crescem sem trabalhar

E nem Salomão em glória

Vestiu-se assim no mostrar.

Se Deus assim veste a erva

Do campo que hoje assim é

E amanhã é lançada

No forno assim até

Não vestirá mais a vós

Ho homens de pouca fé?

Não andeis, pois, inquietos,

Dizendo: Que comeremos?

Ou que beberemos nós?

Ou com que nos vestiremos?

Porque todas estas coisas

Dos gentios nós ouviremos.

Vosso Pai celestial

Sabe que necessitais

Sim de todas estas coisas

Que tanto vos preocupais

Ele faz a provisão

De tudo e ainda mais.

Buscai o reino de Deus

Esse em primeiro lugar

Também a sua justiça

Seja assim vosso buscar

E todas estas outras coisas

Vos irão acrescentar.

Não vos inquieteis, pois

Por amanhã outro dia

Pois o dia de amanhã

Cuidará com primazia

Assim sendo de si mesmo

Basta o seu mal, cada dia.

A Arte de Thiago Alves
Enviado por A Arte de Thiago Alves em 26/12/2015
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