O CANTO DO PIRILAMPO
Sou pirilampo e no campo pisco,
De verdes luzes eu tracejo a noite,
Meu voo ligeiro bate feito açoite,
Mas na verdade nem de perto eu trisco.
Sou vaga-lume, esvoaçante arisco,
Que pela noite escura bem vagueia,
A carregar comigo uma candeia
Que ilumina, mesmo pequenina,
Mostrando ao homem que, à negra cortina,
Meu lumiar fascina e clareia!