Frei Dimão admoesta Kathie
Soube que andaste trinando
para um outro rouxinol
sinal que estás amando
do poente ao arrebol
Minha missão nesta gleba
é o simples catequizar
condeno até o tatupeba
por nem defunto respeitar
Tens uma certa implicação
com u´a musa chamada Luma
aquilo já foi a perdição
de tanto pavão que se empluma
Contudo não ficas parada
pois estás sempre na pista
já te peguei dando flechada
até num tal Fake Batista
Que fazes pela madruga
antes de te ajoelhar pras matinas
na certa tens sido ordenhada
em cada canto e esquina
Quero agora te proibir
de buscar tanto ronronar
os gatos vão te cobrir
e o conceber está no ar
Minhas velas espermacete
já caminham para um fim
e a derradeira já se derrete
e vindo, traz outras pra mim
Também co´a vela mais grossa
tu sairás em procissão
e se arderá o demo na poça
sem poder de sedução
Se voltares ao passeio no Kremlin
com Putin tempo não percas
busca a tumba de Rasputin
mas nada de nadar nas alvercas
Meu novo cajado de cedro
hoje irei te apresentar
e na clausura em que medro
só te caberá o oscular
Vives hoje num dil(e)ma
que até a gramática afuguenta
a vossa mandante suprema
quer ser mais que bi-presidenta
Quanto à mansão de Inácio
que só São Tomé não vê
isso se resolve fácil
e tudo na língua do P...T
Teus aviõezinhos lograram
comentários que são tantos
na certa obnubilaram
aqueles do Sílvio Santos
Comigo vem logo à prece
não se vive mais sem ora
até mesmo o pinto desce
se do poleiro cansar
Iremos de vade-retro
para expulsar satanás
depois, com meio metro
de vela, contentarás
Com todo ardor de uma freira, Kathie contesta, de primeira - até a saideira:
Ando com um novo amor//
Cantando feito Madonna//
E lhe direi com louvor://
Sensualidade até inflama//
Tua missão é omissa\\
Trazes casos e encrencas\\
Mas não deixas a bubiça\\
De apoquentar-me pelas pencas\\
Nem me fale dessa fulana\\
Posto que tu só tens olhos 'prela'\\
E nem vem dar de uma bacana\\
Que te prego na panela!\\
Gosto de brincadeiras\\
De sair pelas madrugas\\
Eu sou a tal quizumbêra\\
E só por isso não tenho rugas\\
Ando pelos barracões\\
Vicejando nosso samba\\
E não me venha com sermões\\
Que tu é o tal frei do bamba\\
Não me proibas eu te peço//
Deixe-me aos 'ronroneios'//
Porque do frei eu só mereço//
Tanta esporrança e enleio?//
Trarei teu espermacete novo\\
Bem durável e grosso, acredite\\
Depois falarás ao teu povo\\
Que a freira está com amigdalite\\
C'o a vela mais grossa, fico protegida\\
E o demo não terá força\\
E serei bem mais ungida\\
Pelo frei que tanto me fuça\\
Vou à tumba de Tutancâmon\\
E mergulharei no rio Nilo\\
Depois lavarei as mãos\\
Feito Poncio Pilatos e a sua tribo\\
Oscularei esse duro cajado\\
Que de tão nobre serei a lei\\
E depois desse meu tão xilado\\
Invocarei a tua sacra grei\\
Desse fogo não sai a fornalha//
precisamos fazer as hóstias//
E de toda essa bandalha//
Melhor ingressarmos para a Bósnia//
Desse tal famigerado\\
Deixe que o demo o encaminhe\\
Se não fosse tão ajumentado\\
E se não incutisse no pinhé\\
Sou a própria santasDumont\\
Que dos aviõezinhos sou mama\\
E só uso a marca Dupont\\
E pouso bem mansa na sua cama\\
Apresse-se, vamos logo rezar\\
Tamanha obstinação sagrada\\
E depois comeremos o manjar\\
Que farei bem regada\\
Darei a ré nessa imagem\\
Com o frei de marcha-ré\\
E de toda sacanagem\\
Levarei com muita fé\\