PRISIONEIRA DA MENTE

Assim vai Lurdinha

Vem sempre sozinha,

Olhar sem brilho, perdido

Destino ingrato, sofrido.

Assim vai Lurdinha

Percurso insistente,

Liberta do corpo

Prisioneira da mente.

Assim vem Lurdinha

Tentando entender,

O sentido da vida

Sem compreender.

Assim vai Lurdinha

Situação sensível,

As vezes incompreendida

As vezes invisível, perdida.

Assim vem Lurdinha

Vai sempre sozinha,

Catando, olhando

Jogando pedrinha.

Assim vem Lurdinha

Não perde a esperança,

As vezes senhora

As vezes criança.

Assim vai Lurdinha

Com os pés no chão,

Vem sempre sozinha

Sem ter direção.

Assim vem Lurdinha

Seguindo em frente,

Na chuva, no frio

Sol brando ou ardente.

Assim vai Lurdinha

Na sua solidão,

No caminho da vida

Pela contra mão.

poeta da amazonia
Enviado por poeta da amazonia em 03/12/2014
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