PRISIONEIRA DA MENTE
Assim vai Lurdinha
Vem sempre sozinha,
Olhar sem brilho, perdido
Destino ingrato, sofrido.
Assim vai Lurdinha
Percurso insistente,
Liberta do corpo
Prisioneira da mente.
Assim vem Lurdinha
Tentando entender,
O sentido da vida
Sem compreender.
Assim vai Lurdinha
Situação sensível,
As vezes incompreendida
As vezes invisível, perdida.
Assim vem Lurdinha
Vai sempre sozinha,
Catando, olhando
Jogando pedrinha.
Assim vem Lurdinha
Não perde a esperança,
As vezes senhora
As vezes criança.
Assim vai Lurdinha
Com os pés no chão,
Vem sempre sozinha
Sem ter direção.
Assim vem Lurdinha
Seguindo em frente,
Na chuva, no frio
Sol brando ou ardente.
Assim vai Lurdinha
Na sua solidão,
No caminho da vida
Pela contra mão.