ARIANO SUASSUNA.
Partiu então Suassuna,
Deixando muita saudade,
Mas uma voz nordestina,
Que se foi pra eternidade,
Membro das academias,
Homem de grande valia,
Um poeta de verdade.
Nascido em João Pessoa,
No estado da Paraíba,
Um defensor implacável,
Das boas coisas da vida,
No ano de vinte e sete,
Nascia a li no nordeste,
Um talento sem medida.
Escritor e dramaturgo,
De grande capacidade,
Tendo por característica,
A enorme idoneidade,
Homem sábio no falar,
Em seu agir e pensar,
Um poeta de verdade.
Da cultura nordestina,
Foi um fiel defensor,
Advogado e romancista,
Que o nordeste formou,
Uma das obras preferida,
O Auto da Compadecida,
Que em filme se tornou.
De Doutor Honorius Causa,
Na universidade cearense,
Teve por merecimento,
Tantos títulos claramente,
Tantas obras aqui deixou,
O mundo inteiro encantou,
Mas se foi infelizmente.
O auto de João da Cruz,
Torturas de um coração,
A Farsa da Boa Preguiça,
Cantam harpas de Sião,
Ou desertor de Princesa,
Foi Suassuna com certeza,
Um poeta do sertão.
Com oitenta e sete anos,
De vivência bem regada,
Partiu enfim nosso poeta,
Para uma nova morada,
Deixando o grande legado,
De romances consagrados,
Nas livrarias espalhadas.
Cobre o nordeste de luto,
E o Brasil de negro manto,
Se despediu dessa vida,
O poeta e seus encantos,
Deixando em nós sensação,
Que ainda está no sertão,
Nas obras em cada canto.
Cosme B Araujo.
24/07/2014.