MARIA

Quando cheguei a cozinha,

notei Maria tristonha.

Sei que muito lembrava,

dos tempos de risonha.

Se eu pudesse curá-la

de todos esses tormentos,

levaria-lhe toda a dor,

e abandonaria aos mil ventos.

Maria ainda sabe sonhar,

sente que pode viver.

Sabe que logo passa

todo medo de vencer.

Quantos somos marias,

sempre com o medo vivo.

Deixar de lado é bom,

a dor do afirmativo.

Miriã Pinheiro
Enviado por Miriã Pinheiro em 16/07/2014
Código do texto: T4884810
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