Poderes no Brasil.

Aos amigos do Recanto esclareço que este texto é mera criação intelectual, sem conotação política de qualquer espécie, mesmo porque sou apolítico.

Vou falar sobre o Poder

Que existe no Brasil

Logo dá pra perceber

Que um leque se abriu

Porém vou me abster

De falar a quem serviu.

Primeiro o Executivo

Que governa por Decreto

Do Congresso ele é cativo

Vê o povo como objeto

Busca um paliativo

Atraindo o desafeto.

Depois o Legislativo

Que legisla sem parar

Mesmo sem objetivo

Ele insiste em legislar

Mantém o povo cativo

Para a eleição ganhar.

Depois o Judiciário

Uma caixa de Pandora

Faz o seu próprio salário

O comum ele ignora

Como um visionário

Manda criminoso embora.

Outro que quer ser Poder

É o ilustre Promotor

No civil é bom saber

No crime é acusador

Pra cumprir o seu dever

Do menor é curador.

Outro que pensa ser forte

É o chamado Defensor

Da justiça ele é suporte

Mas é visto sem valor

Seu trabalho é dar um norte

Para o sábio julgador.

A Receita Federal

É a força ainda oculta

Vigiando o Capital

Ela implanta até escuta

Ela pensa ser normal

Exigir tudo com multa.

Previdência Social

É Poder em Formação

Ela exibe cabedal

Até para impor sanção

Até sobre o ilegal

Quer a contribuição.

O Poder que está na arma

Não se pode discutir

Pro País virou um carma

Quer fazê-lo sucumbir

O Poder ele desarma

Se no morro ousar subir.

O poder do traficante

Já compete com o Estado

Diz que é comerciante

Exige ser bem tratado

Pra poder seguir adiante

Vai atrás do viciado.

O poder do sindicato

É mantido por pressão

Estimula o desacato

Em qualquer reunião

Pro trabalhador pacato

Ele exige punição.

Um Poder que tem poder

É a imprensa controlada

Por quem pensa que dever

É a Pátria não ver nada

Basta ler e escrever

Para ser politizada.

O poder da omissão

Também tem seus seguidores

Cada um levanta a mão

Pra mostrar que são doutores

Foram na graduação

Simplesmente agitadores.

Também há corrupção

Exercendo o seu poder

Ela esconde no porão

O que pode receber

E transporta em caminhão

As vantagens do Poder.

Depois vem a anarquia

Que é mãe da violência

Que procura todo dia

Agir por conveniência

Ao fingir falsa alegria

Ela agride a inocência.

Depois vem o populismo

Para enganar o povo

Começou no Getulismo

Pregando o Estado Novo

E passou pelo Lulismo

Que comprou avião novo.

Por final o desgoverno

Que impera no País

Mostra um governo enfermo

Que sequer sabe o que diz

Pra se manter no governo

Aos incautos pede bis.

Renato Lima
Enviado por Renato Lima em 12/07/2014
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