Para Dorinho (7 de Setembro)
DIA 7 DE SETEMBRO
Copacabana de Vinicius de Moraes quantos poemas
há nos festivais quando a garota que passa no SUS
não volta mais?
Na noite do maracanã quem copula a árvore cibernética?
Bola no trato grama no verde, roupa nova que rasga na rede,
Intriga de política desgastada coloca manifesto na rua,
E a superestrutura pede Exército quando a vida social recua,
Fifa cheia de homens e mulheres com barricadas na rodovia,
O Estado envia PM para conter a pancadaria,
A baliza anunciando o batalhão que vem marchando...
Puxando o canhão que retumbou a missiva do bando:
Em punho o progresso sendo desmascarado,
Foi dado o grand prix do grito desgraçado,
Manifesta ação mirada dor expõe para fora
A queda do ouro ficou pálida perdeu a cor
Por que tanto roubo agora?
Eras país amarelo! Quem tanto te endividou?
Desordenado, sem rifle empunhado, dentro do senado,
Globalizado no tempo tanto cruzeiro quanto real,
E o eleitor gemendo a crônica cólica venal.
Que lamaçal há entre as sarnas e o Maranhão ?
Sertão é Brasil! No Brasil, a redenção é Jesus Cristo!
E a minha pátria resiste no 7 de Setembro!
Não no inverno de dezembro.
Ela arde como chama na aguerrida bandeira,
Como o hino proclama a República Brasileira!