O desencanto de Zé do Cristo com a sorte

Muita gente, Zé do Cristo conhecia

Cabra desenrolado

Por muita gente, admirado

Uma boa companhia

Trabalhava muito e até demais

Fazia um serviço pesado

Todo dia ficava cansado

Uma vida que não aguentava mais

Um dia, quando na feira estava a trabalhar

Resolveu fazer uma fezinha

E com os trocados que tinha

Na Loteria foi jogar

Por ainda não ter muita ambição

Jogou na Lotomania

E pra sua alegria

Ganhou mais de um milhão

A partir daí, sua vida em muito mudou

Comprou carro importado

Virou um cara desmantelado

O dinheiro o deslumbrou

Todo dia só pensava em farrar

Do trabalho, não queria nem saber

Dele, só fazia se esconder

E na cachaça, a cara enfiar

Os amigos, surgiram de montão

Andavam com ele pra todo canto

Fazendo da sua vida um encanto

Tipo, um mundo da imaginação

Infelizmente, de tanto dinheiro gastar

Sem ter noção de economia

Para sua agonia

O dinheiro começou a acabar

Tudo o que tinha, começou a vender

Primeiro o carro importado

E com o coração apertado

Pobre, Zé voltava a ser

Depois que tudo ele perdeu

Entrou em depressão

Com o coração na mão

Do que fez se arrependeu

Hoje, na feira voltou a trabalhar

Cesto de frutas na cabeça todo dia

E de novo para sua agonia

Isso, o resto da vida vai ter que aguentar