UM PEQUENO CORDEL

Uma menina danada

De nome Clarissa

Que a todos atiça

Assim de gente a olhar

Sem ter quem venha incomodar

Abril já vem

E recordo a data, sem pestanejar

É a festa de Clarissa, que tem 7 anos

Todo mundo irá

Compraremos presentes sem precisar

Sem dinheiro para pagar

Vida difícil, sem trabalho

A quem reside apenas afago

Isso é fato consumido

Mazela da capitá

Da criança na lage

Infligindo o perigo

Via Clarissa pulando, sem medo de castigo

Mãe com a mão na cabeça

Coração condoído

Outro fato consumido

Menina em desregrado

Será sempre o “ Deus seja louvado”

E ainda havia irreverência

Trazendo aos pais impaciência

Também na hora de comer

Odiava beterraba, ou qualquer legume

Sem quem pergunte

No lixo, a tudo guardar

Nada vai adiantar

Na hora do lanche, biscoito e brigadeiro

Comia de ficar entupida, era um pouco abusada

Mas todo dia pedia cocada

Eita menina Clarissa

Garotinha cheirosa, manhosa

Mesmo sendo assim, também carinhosa

Apesar de toda trela, havia um encanto

E sempre buscava nos braços dos pais um recanto

Lindbergh Afonso
Enviado por Lindbergh Afonso em 04/04/2013
Código do texto: T4223176
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