UM PEQUENO CORDEL
Uma menina danada
De nome Clarissa
Que a todos atiça
Assim de gente a olhar
Sem ter quem venha incomodar
Abril já vem
E recordo a data, sem pestanejar
É a festa de Clarissa, que tem 7 anos
Todo mundo irá
Compraremos presentes sem precisar
Sem dinheiro para pagar
Vida difícil, sem trabalho
A quem reside apenas afago
Isso é fato consumido
Mazela da capitá
Da criança na lage
Infligindo o perigo
Via Clarissa pulando, sem medo de castigo
Mãe com a mão na cabeça
Coração condoído
Outro fato consumido
Menina em desregrado
Será sempre o “ Deus seja louvado”
E ainda havia irreverência
Trazendo aos pais impaciência
Também na hora de comer
Odiava beterraba, ou qualquer legume
Sem quem pergunte
No lixo, a tudo guardar
Nada vai adiantar
Na hora do lanche, biscoito e brigadeiro
Comia de ficar entupida, era um pouco abusada
Mas todo dia pedia cocada
Eita menina Clarissa
Garotinha cheirosa, manhosa
Mesmo sendo assim, também carinhosa
Apesar de toda trela, havia um encanto
E sempre buscava nos braços dos pais um recanto