NÃO DA PARA ESQUECER
Não dá para esquecer
Estão sempre na lembrança
Os aromas sabores e perfumes
Sorvidos na minha infância
As flores da laranjeira
Prenunciando fertilidade
O perfume das rosas
Seus espinhos e variedades
As laranjas maduras
Com o sabor de infância
Alimentando os passarinhos
E nós também crianças
As noites enluaradas
Exibindo sua beleza
As flores desabrochando
Colorindo a natureza
O cheiro da terra molhada
Ao cair à primeira chuva
Enlameando o pó da estrada
O doce sabor da uva
A flanela nova também cheirava
Meu singelo agasalho
Quando o inverno apertava
O cheiro de reboco que sentia
Jogando rolando pelo chão
Quando a gente se divertia
Com os primos e os irmãos
Nas noites congeladas
No entorno das palhas de feijão
No momento ao ser queimadas
Espantando a escuridão
Sem rumo desfazendo ao leu
Em riste a fumaça içando
Subindo para o céu
Quando mais palha era jogada
Abafando o seu clarão
Por momentos tudo ficava
Em plena escuridão
Tossindo com a fumaça
Escondia depois voltava
Tudo com muita graça
Hoje é só recordação
Tudo isso é passado
Não tem palha de feijão
Nem terreiro rebocado
Só lembrança do tempo bão
Dos primos da minha tia
Das biloscas Cambuí
Da caixa de fósforos vazia
De tudo mais que eu vivi
E que no peito está guardado
Enfrentando esta realidade
Com um saudosismo danado
Na alma só tem saudade!
Não dá para esquecer
Estão sempre na lembrança
Os aromas sabores e perfumes
Sorvidos na minha infância
As flores da laranjeira
Prenunciando fertilidade
O perfume das rosas
Seus espinhos e variedades
As laranjas maduras
Com o sabor de infância
Alimentando os passarinhos
E nós também crianças
As noites enluaradas
Exibindo sua beleza
As flores desabrochando
Colorindo a natureza
O cheiro da terra molhada
Ao cair à primeira chuva
Enlameando o pó da estrada
O doce sabor da uva
A flanela nova também cheirava
Meu singelo agasalho
Quando o inverno apertava
O cheiro de reboco que sentia
Jogando rolando pelo chão
Quando a gente se divertia
Com os primos e os irmãos
Nas noites congeladas
No entorno das palhas de feijão
No momento ao ser queimadas
Espantando a escuridão
Sem rumo desfazendo ao leu
Em riste a fumaça içando
Subindo para o céu
Quando mais palha era jogada
Abafando o seu clarão
Por momentos tudo ficava
Em plena escuridão
Tossindo com a fumaça
Escondia depois voltava
Tudo com muita graça
Hoje é só recordação
Tudo isso é passado
Não tem palha de feijão
Nem terreiro rebocado
Só lembrança do tempo bão
Dos primos da minha tia
Das biloscas Cambuí
Da caixa de fósforos vazia
De tudo mais que eu vivi
E que no peito está guardado
Enfrentando esta realidade
Com um saudosismo danado
Na alma só tem saudade!