O sentido de viver e amar na arte de Pedro Pereira
Meus queridos leitores
Com enorme prazer
Vou falar de Pedro Pereira
Um pouco do seu viver
Esse artista valoroso
Fez da arte seu prazer
A arte desde cedo
Faz parte do seu destino
Despontou quando criança
Desde quando era menino
Escrevendo poesias
Era esse o seu tino
Nascido em Passa e Fica
No Rio Grande do Norte
Eis que esse menino
Foi a Natal ter grande sorte
Viver de sua arte
Revelando ser um forte
O ano do seu nascimento
Mil novecentos e sessenta e três
O mestre da poesia
É simpático e cortês
A sua simplicidade
Vou revelar a vocês
O talentoso menino
Não teve infância drástica
Sentiu-se atraído
Ao mundo das Artes plásticas
Uma vida simples
Sem revelações bombásticas
De sua infância
Guarda um doce sabor
Fora criado por seus pais
Com afeto e amor
Ao relembrar a infância
Pedro não sente dor
Ao recordar sua infância
Sente enorme euforia
Hoje revela em cores
Toda essa alegria
Ao visitar o menino
Que ele já foi um dia
As suas obras revelam
As cores exuberantes
Pedro em sua essência
Revela os tons vibrantes
Faz-nos recordar a infância
Tempo em que fomos brincantes
O menino Pedro
Era do mundo rural
Causou-lhe estranhamento
Quando foi a capital
Ele viu outro mundo
Que mudança radical
Pedro na capital
Teve outro movimento
Escrevia poesias
Inundava sentimento
A turma apreciava
Dava bom depoimento
A arte foi chegando
De mansinho, devagar
Escrever poesia
E também gosto por pintar
A arte em muitas faces
Veio se apresentar
Nos anos oitenta
Sentiu muita inspiração
Escreveu poemas livres
Pensamento e coração
Pedro é um artista
Carregado de paixão
Escrevia poemas
Sem preocupação estética
Pouco ele se importava
Com a rima ou métrica
Expressar o pensamento
Sempre foi a sua ética
A arte pulsava na veia
De modos estonteantes
Enveredou pelo Rock
Com as “Cabeças errantes”
Só com pessoas que mostravam
Que eram seres pensantes
Sempre ligado à cultura
Pedro seguiu o seu caminho
Não quis ser dominado
Seguiu seu rumo sozinho
Como a água que contorna
Os obstáculos do riozinho
Sabia que para arte
Sempre teve aptidão
Ele foi inovando
Foi criando opção
Cores e formas surgiam
Com a mente em eclosão
Pedro em sua arte
Foi se aperfeiçoar
Como autodidata
Não cansava de buscar
Novos conhecimentos
Para poder assimilar
Conhecimentos práticos
E também a teoria
Com a soma deles
O nosso Pedro se recria
Como um grande artista
Logo se revelaria
Pedro ampliou seu mundo
Logo viu toda beleza
Expressa em sua arte
Com cores da natureza
Toque de simplicidade
Graciosidade, sutileza
Monet, Van Gogh
Inspiram o seu talento
Renoir, Matisse, Dali
Quão grande conhecimento
Cezanne, Doryan Gray
Inspiram o sentimento
Outros gênios o inspiraram
Fica para outro momento
O que entristece o Pedro
É não ter gerenciamento
Ver os salões falidos
Por falta de provimento
Só por causa da política
E de sua efemeridade
Que só faz arremedo
E não age de verdade
Negando cultura ao povo
Por loucura, insanidade
Na cabeça do artista
Não faltavam preocupações
Viver de arte é difícil
Ninguém vive de ilusões
Levava uma vida agitada
Sofreu decepções
O artista se sentia
Impaciente, acelerado
Até que foi acometido
De um mal inesperado
Graças a Deus se salvou
Hoje está recuperado
Sabe dar valor a vida
Esquecendo-se do trágico
Vê a vida pela arte
Tornando seu mundo mágico
Deixou de ser agoniado
Como um ser antropofágico
Hoje Pedro é feliz
Vive um mundo melhor
Com a sua companheira
Que nunca o deixa só
A arte cura o homem
Dele não sinta dó
Pedro não sente dores
Como antes sentia
Vê a beleza em tudo
Seu mundo se recria
Retira da natureza
Toda essa energia
A arte liberta
Traz muita alegria
Ela traz conhecimento
Transmite sabedoria
Enche o coração do homem
De amor e harmonia
Pedro eu sou poeta
Sua arte eu aprecio
Ao olhar sua arte
Sinto até arrepio
Ela expressa emoção
Eu logo me contagio