A Saga do Jovem Pesquisador

Cordel apresentado durante a abertura do Encontro de Iniciação Científica no campus da UFPB em Bananeiras-PB

Bom dia meus queridos

Que gostam de poesias

Aqui quem fala é Jozias

Apreciador desmedido

Do verso rimado e lido

Quem canta cordel vem cá

Ler, curtir e apreciar

A cultura nordestina

Cantar cordel é minha sina

Venha comigo cantar

Vou chegando bem ousado

Imitando os Menestréis

Discursando aos Bacharéis

E pra o Licenciado

Num Discurso Bem Rimado

Transmutado em Poesia

Vou falar do dia a dia

Do trabalho com pesquisa

E de quem veste a camisa

Com raça, fé e alegria

A ciência é a mola mestra

Dos progressos sociais

Os nossos ganhos gerais

Não cabe nesta palestra

Mas ciência é uma orquestra

Com todos seus instrumentos

Que produz conhecimentos

Elevando a humanidade

Em sua capacidade

De desenvolver talentos

Mas onde nasce a ciência?

É o que perguntou agora

Me arrisco sem demora

Responder com eficiência

Não deixando uma reticência

Que conteste o meu valor

Nasce no pesquisador

Que desde iniciante

Tem um gosto abundante

Por tratá-la com amor

Nasce naquele estudante

Com a sede do saber

Que suporta até sofrer

A rotina degradante

Que vai lá no restaurante

Coletar seu alimento

Para servir de sustento

Durante o tempo das férias

As vezes perde matérias

Por causa do experimento

Que passa a noite de molho

Estudando sem parar

E quando vai se deitar

Não prega sequer um olho

Usa calmante – o pimpolho

Pra suportar a rotina

Uma dose de Morfina

Ele toma nesse instante

Mas não tem um só calmante

Pra barrar sua cafeína

Que passa a noite aceso

Dentro d’um laboratório

Escrevendo um relatório

Sem pensamento coeso

Acaba ficando obeso

Faltando luz na retina

E entregue a essa sina

Depende do estimulante

E não tem um só calmante

Pra barrar sua cafeína

Que o seu primeiro artigo

Falta pouco lhe matar

Só parece o cão cambito

Lhe chamando pra brigar

E num ato de loucura

Ele esquece a frouxura

Inventa de enfrentar

E se o espírito não me engana

E a verdade não me mente

É também a estatística

Um terror muito frequente

Mas ele cria um topete

E enfrenta o “dia a sete”

Pra mostrar que é “cabra quente”

Longe dos familiares

Aprende a se virar

Desde a lavagem de roupa

Ao oficio de passar

Lavar casa e passar pano

Faz comida e traça plano

Virando um dono de lar

E na vida estudantil

Fica mais disciplinado

Administra seu tempo

Pra melhor ser aproveitado

Apesar da dificuldade

Com a força de vontade

É maior o aprendizado

E na ultima estação

Pra terminar o seu pique

Aqueles pesquisadores

Que tem bolsas de PIBIC

Terão que se apresentar

Seus trabalhos publicar

Nos congressos do ENIC

É assim toda a peleja

Do jovem trabalhador

Cada qual tem a história

De um grande sonhador

Pra tornar-se cientista

É a saga do bolsista

Pra virar pesquisador

E com essa trajetória

De luta sensacional

O Jovem pesquisador

Vira intelectual

Do mais alto gabarito

Fazendo sempre bonito

Do lado profissional

Eu deixo aqui uma mensagem

Que possui grande valor

Faça o que quiser da vida

Mas faça com muito amor

Seja bom profissional

Que o sucesso é natural

Pra você pesquisador

Busquemos conhecimentos

Para ter o aprendizado

Aprendamos uns com os outros

Em tudo o que é ensinado

Força! E a todos CORAGEM!

Dificuldade é a mensagem

Do sucesso anunciado!

TERMINANDO..

E pra fechar o discurso

Eu vou deixar um conselho

Pare no sinal vermelho

Não siga a vida avulso

Aproveite bem seu curso

E todo o aprendizado

Mas nunca fique parado

Esperando o bem chegar

Agora vou terminar

A vocês Muito Obrigado!!!

Jozias Umbelino
Enviado por Jozias Umbelino em 23/10/2012
Reeditado em 01/11/2012
Código do texto: T3948804
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