Minha querida Vila Velha!
Não nasci em Vila Velha;
Sou sequer seu cidadão;
Ali tenho a minha velha;
E também meu coração;
Se existe a má viela;
É também nobre torrão.
Suas ruas bem traçadas;
Quase sempre estão bem limpas;
Suas águas maltratadas;
Suas praias sempre lindas;
Muitas moças bem trajadas;
Desejando serem lindas.
Seu convento tem história;
Porém pouco conhecida;
Repassada de memória;
Por gente mal instruída;
Muitos pensam que é Vitória;
Mero bairro sem saída.
Foi em ti nosso começo;
De Colônia até Província;
Das gerais um adereço;
Pois caminho aqui não tinha;
Sem traçado ou endereço;
Pelas matas o ouro vinha.
As palmeiras centenárias;
A igreja do Rosário;
A prainha milenária;
Sem registro no diário;
Já virou rota viária;
E também anedotário.
Gruta do Pedro Palácio;
Museu Homero Massena;
Um teatro onde os palhaços;
Podem sempre entrar em cena;
Obra nova, finos traços;
Com mau uso, é uma pena.
Pouco espere dos seus pares;
Muitos sequer a ti vão;
Olhe um pouco para os lares;
Que estão na contramão;
Donde saem alguns pros bares;
Sem camisa e de calção.
Veja o porte majestoso;
Que tu tens como cidade;
Tenha um pouco mais de arrojo;
És de boa qualidade;
Já saíste do estojo;
Hoje tem capacidade.
Este cordel é obra de Renato Lima.
Que me deu total liberdade nesta publicação.
Porque hoje moro nesta cidade linda e maravilhosa.
Tendo uma linda visão quando atravessamos a terceira ponte,
Vila Velha linda demais sem falar no convento da penha.
Vila Velha com Praças jardins e e lindas praias.
Vila Nova é meu bairro onde residuo atualmente.
Pode até existir outro mas para mim ele é o melhor!