NO RETROVISOR DA VIDA

Pelo retrovisor da vida

Vou buscar no relento

As pegadas que um dia

Perderam-se no tempo

Aéreo pelo vento alado

Sou simplesmente utopia

No meu distante passado

Ao vislumbrar recordando

Vou sorvendo a paisagem

Donde eu fui tão feliz

Sonhando na infância

Como um mero aprendiz

Na encantadora viagem

Pelo meu mundo criança

Novamente estou eu a sonhar

Seguindo entre verdes pastagens

Sem dar bolas pra vida a caminhar

Nesta ilusória miragem

Na inconstante corrida

De a minha breve passagem

No cenário da sutil existência

Sem nenhum compromisso

Com a dinâmica influência

Indiferente, nem um pouco omisso

Idealizando uma bela vivencia

No meu mundo de sonhos

Aquela trila por onde andei

Branca tortuosa empoeirada

Não fui eu que a desenhei

Com seus traços relevantes

Pelos passarinhos desenhados

Pisando donde eu também pisei

Nas suas rotas caminhantes

A juriti o inambu e a codorninha

Em parceria com inúmeros bichinhos

Os preás os tatus coelhos e furões

Deixando na trilha os seus rastinhos

Sobre a mira das corujas e dos gaviões

Pedradores desses pobres amiguinhos

Patrimônio ecológico do Brasil!

Esta foi à vida de uma criança

Que sonhou e amou a natureza

Passou seu tempo de infância

Neste cenário de rara beleza

Olhando pelo retrovisor existencial

Teve sua agradável surpresa

Revivendo seu passado rural!

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 30/08/2012
Reeditado em 31/08/2012
Código do texto: T3856359
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