"O GATO E O CACHORRO"
O gato com o cachorro
Que tinham uma intriga
Começaram uma briga
Entre o telhado e o forro
O gato disse: Eu não corro
E daqui você não corre
Hoje, aqui você morre
Ou aqui sou eu que morro.
O cachorro falou assim
Hoje, eu arranco o seu selo
Sua feia bola de pêlo
Agora vou lhe dá fim
Não adianta fazer pantim
Eu sou de acuar touro
Hoje, arranco seu couro
E faço dele um tamborim.
Cachorro, você é magricela
Passa fome, passa sede
Vive encostado na parede
Sempre coçando arruela
Com os olhos de remela
E carrapatos na pata
Seu pai é um vira-lata
E sua mãe uma cadela.
Gato, você é a imagem do cão
Que vive nas “profundeza”
Aberração da natureza
Arquétipo de ladrão
Sempre sobe no fogão
Para roubar da panela
Hoje, você se esfacela
Com golpes da minha mão.
Cachorro, hoje, eu sambo
Em cima do seu espinhaço
Lhe bato de cabo de aço
Até você ficar bambo
Pois com certeza nem Rambo
Pode agora lhe socorrer
Quando eu parar de bater
Você vai tá um molambo.
Eles chegaram ao finalmente
Era latido, era miado
O cachorro enfezado
No gato metia o dente
E o gato igualmente
O cachorro enfrentava
E onde a unha passava
O sangue corria quente.
Depois da briga terminada
Entre o gato e o cachorro
Que começou sobre o forro
E terminou lá na sacada
Foram até de madrugada
Pata vai e pata vem
Por fim não ganhou ninguém
A briga acabou [em]patada.