O MAL QUE DEVORA O HOMEM
Ao destruir a mãe natureza
O homem traça a própria sina
Ávido pelo poder e pela riqueza
Provoca estragos e muita ruína
Indiferente ao que colheria
Quantos estragos ele causou
Queimando matas a revelia
Eliminando o que Deus criou
Sem pensar no seu ocaso
Realidade da qual não se escapa
Que tem validade sem prazo
Não marca tempo nem data
E chega aos poucos devagarzinho
Como um felino sorrateiro
A negacear o inocente passarinho
Catando sementinhas no celeiro
De repente para o velho turrão
Chegou o fim da picada
Restando saudade e recordação
A velhice foi consumada
Aprisionado pela saudade
Ruminando os tempos passados
Ele perde sua acessibilidade
Com o seu fisíco debilitado
“NÃO SUPORTANDO MAIS
ENTRGA-SE À “SOLIDÃO”
As sombras da fraqueza humana
Cobre-o da inevitável tristeza
Encalhado no seu mar de lama
Como naufrago sem correnteza
A deriva sem tábua de salvação
Lamentando o mal que praticou
Atormentado pela depressão
Percebe-se que seu fim chegou
Abatido de olhar cansado
Sem nexo sem motivação
Reconhece o que fez de errado
Sente que seu fim está perto
E como é triste a destruição
Tudo agora está deserto
Donde o verde predominou
Deita seu olhar desmotivado
Ruína somente, vislumbrou
Neste taipe esta o seu passado
Suas façanhas de outrora
Que na mente ficou gravado
Como a cinza de sua historia
A todo o momento reprisado
La se foi seu projeto de vida
Cicatriz de um sonho não realizado
Na solidão, sua dor incontida!
Que maltrata e chicoteia a alma
Consumindo a fé e a alegria de viver
Obstrui a luz roubando à calma
Aprisiona o ego acorrentando o ser
Devora auto-estima e a esperança
Mergulha-o no abismo da escuridão
Enterrando seu ultimo pilar de esperança
Na câmara fria do chão!