O MAL QUE DEVORA O HOMEM

Ao destruir a mãe natureza

O homem traça a própria sina

Ávido pelo poder e pela riqueza

Provoca estragos e muita ruína

Indiferente ao que colheria

Quantos estragos ele causou

Queimando matas a revelia

Eliminando o que Deus criou

Sem pensar no seu ocaso

Realidade da qual não se escapa

Que tem validade sem prazo

Não marca tempo nem data

E chega aos poucos devagarzinho

Como um felino sorrateiro

A negacear o inocente passarinho

Catando sementinhas no celeiro

De repente para o velho turrão

Chegou o fim da picada

Restando saudade e recordação

A velhice foi consumada

Aprisionado pela saudade

Ruminando os tempos passados

Ele perde sua acessibilidade

Com o seu fisíco debilitado

“NÃO SUPORTANDO MAIS

ENTRGA-SE À “SOLIDÃO”

As sombras da fraqueza humana

Cobre-o da inevitável tristeza

Encalhado no seu mar de lama

Como naufrago sem correnteza

A deriva sem tábua de salvação

Lamentando o mal que praticou

Atormentado pela depressão

Percebe-se que seu fim chegou

Abatido de olhar cansado

Sem nexo sem motivação

Reconhece o que fez de errado

Sente que seu fim está perto

E como é triste a destruição

Tudo agora está deserto

Donde o verde predominou

Deita seu olhar desmotivado

Ruína somente, vislumbrou

Neste taipe esta o seu passado

Suas façanhas de outrora

Que na mente ficou gravado

Como a cinza de sua historia

A todo o momento reprisado

La se foi seu projeto de vida

Cicatriz de um sonho não realizado

Na solidão, sua dor incontida!

Que maltrata e chicoteia a alma

Consumindo a fé e a alegria de viver

Obstrui a luz roubando à calma

Aprisiona o ego acorrentando o ser

Devora auto-estima e a esperança

Mergulha-o no abismo da escuridão

Enterrando seu ultimo pilar de esperança

Na câmara fria do chão!

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 15/03/2012
Reeditado em 28/08/2012
Código do texto: T3555243
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.