a briga de baiano com roqueiro

Não me venha de axé,

Sai pra lá seu metaleiro,

Sapato vei dá xulé,

Eu sou mesmo é forrozeiro,

Nessa briga de baiano, com roqueiro,

Matuto num mete a culé,

é tudo farinha do mesmo saco,

é briga de marido e mulé,

em cada galho um macaco,

Eu sou mesmo é forrozeiro.

Num misture as coisa não,

Sem essa de preconceito,

Foi com sangue do sertão,

Que o sudeste foi feito,

Baiano que me desculpe,

Esse jeito matreiro,

Fique lá com seu axé,

Eu sou mesmo é forrozeiro.

Cearense é nordestino,

Que não defende a sua terra,

Pois aprendi desde menino,

Que forró é Pé de Serra,

Quem fica na porteira é pisado,

Morra moído e se enterra,

Mastruz, aviões é pior,

já tô ficando arretado

Não tem nada de forró,

Esse tal de estilizado.

Com Xote, xaxado e baião,

O forró foi inventado,

Lá nas brenhas do sertão,

Nosso forró gonzaguiado,

Exaltando a passarada

e também o juazeiro,

pode sair em disparada,

axé, preconceito e roqueiro,

isso aqui não tá com nada,

eu sou mesmo é forrozeiro.

MCantarelli
Enviado por MCantarelli em 05/10/2011
Código do texto: T3258801
Classificação de conteúdo: seguro