a briga de baiano com roqueiro
Não me venha de axé,
Sai pra lá seu metaleiro,
Sapato vei dá xulé,
Eu sou mesmo é forrozeiro,
Nessa briga de baiano, com roqueiro,
Matuto num mete a culé,
é tudo farinha do mesmo saco,
é briga de marido e mulé,
em cada galho um macaco,
Eu sou mesmo é forrozeiro.
Num misture as coisa não,
Sem essa de preconceito,
Foi com sangue do sertão,
Que o sudeste foi feito,
Baiano que me desculpe,
Esse jeito matreiro,
Fique lá com seu axé,
Eu sou mesmo é forrozeiro.
Cearense é nordestino,
Que não defende a sua terra,
Pois aprendi desde menino,
Que forró é Pé de Serra,
Quem fica na porteira é pisado,
Morra moído e se enterra,
Mastruz, aviões é pior,
já tô ficando arretado
Não tem nada de forró,
Esse tal de estilizado.
Com Xote, xaxado e baião,
O forró foi inventado,
Lá nas brenhas do sertão,
Nosso forró gonzaguiado,
Exaltando a passarada
e também o juazeiro,
pode sair em disparada,
axé, preconceito e roqueiro,
isso aqui não tá com nada,
eu sou mesmo é forrozeiro.