"O AMOR QUE EU TE TENHO..."

Sem destino o vento corre

Nasce gente, gente morre

Que o sol a terra torre

E se adoce o mar

Se mude tudo de lugar

Da vida pare o engenho

O amor que eu te tenho

Nem a morte pode acabar.

Também se cale o trovão

E se esfrie o vulcão

E se abrise o tufão

Fique estrela sem brilhar

Não cante mais o sabiá

Meu destino seja ferrenho

O amor que eu te tenho

Nem a morte pode acabar.

Seja longa a estrada

E dura a caminhada

Sem ter uma parada

Pra nela me encostar

Até assim vou carregar

O peso do meu lenho

O amor que eu te tenho

Nem a morte pode acabar.

Nem a fome, nem a sede

Ou a falta de uma rede

Pendurada na parede

Para eu me balançar

Se tudo até me faltar

Por te eu me empenho

O amor que eu te tenho

Nem a morte pode acabar.

Dos homens a insensatez

Nem o frio, nem a nudez

Perder tudo de uma vez

Nâo poder recomeçar

E venha até se apagar

De nossa terra o desenho

O amor que eu te tenho

Nem a morte pode acabar.

Nem a dor, nem a tristeza

Nem as forças da natureza

Ou o mestre da malvadeza

Vão de te me apartar

Para sempre vou te amar

É só nisso que eu me atenho

O amor que eu te tenho

Nem a morte pode acabar.

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 18/09/2011
Reeditado em 19/12/2011
Código do texto: T3225972
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