CORDEL #047: COMO ATEU FUI REPROVADO
Meu filho caçula pergunta:
Pai, o Senhor sabia?
A gente é mesmo uma cria
Do macaco em conjunta
Da evolução que disjunta.
Que Deus não existe, bem disse
Meu professor que maldisse.
Fiquei por demais confuso;
Quase entrei em parafuso.
Disse que tudo é crendice.
Eu disse: “Meu filho, vem cá!”
Senta aqui, bem do meu lado
Não posso ficar calado.
Vou-te colocar ao par
Do curso que fui estudar.
Hippie, que é meu colégua
(Pense num cara pai-d'égua!)
Quis transformar-me em ateu
Veja então só no que deu
Começou sem me dar trégua.
Disse que religião
Era assim, o ópio do povo
Que Karl Max, num renovo
Pregou a revolução
Deu ênfase à evolução.
Disse: “Deus é uma invenção
Pra dopar o coração
E se esquecer das mazelas
Adormecer todas elas
E dar férias pra razão.”
“Companheiro imagina
Nada no início existia”
Repliquei: ”Disso eu sabia!
A Bíblia assim nos ensina;
Não venha com essa ruína!”
Aguarde até o final
Para entender afinal
Como deu-se a evolução
Verá que tenho razão
Pra você não entender mal.”
“Milhões e milhões de anos
Sem saber como e porque...”
Ninguém sabe o que de que
Dá margem a mais enganos
Fica fora dos seus planos.
“Surgiu o primeiro átomo
Também, sem como saber
Se multiplicou, enilhões
Hidrogênio. escanchilhões.”
Essa história não a tomo
“Depois de tantos trilhões
De anos essa nuvem qual telha
Encontra pródiga centelha”
Sem comburente (vilões!)
Mas que grandes canastrões!
Provoca grande explosão
Sem como alguém com razão
Saiba de fato explicar
Ou, ao menos, clarear
Essa grande enrolação.
“Trilhões de anos depois
Surge o primeiro ser vivo
A ameba, um ente ativo
Multiplica-se, eia, pois.”
Mais essa léria propôs.
De ameba a girino”
(Mas que grande desatino!”
“De girino a lagarto
Até chegar ao meu parto,
De macaco a menino.”
De bilhões e bilhões, enfim
Sem que ninguém nunca explique
Cansei-me, perdi o pique
Naquilo dei logo um fim
Ser ateu não é pra mim.
Ser crente é mais racional
Muito mais original
Mais fácil na Bíblia crer
Nunca um ateu quis ser.
Mas, de Deus, servo integral.
“Depois de milhões..” prosseguiu
Tentando em ateu converter-me
De minha fé perverter-me.
Mas ele não conseguiu,
De mim logo desistiu.
Ser ateu, é andar no escuro
Qual cego em cima do muro
Procurando enxergar
Sem nunca a um lugar chegar.
Com sentimento mais puro.
De minha fé, não abdico
Meu filho, esteja certo
Temos sempre Deus por perto
Quer seja pobre ou rico
Da fé não perco nenhum tico.
Pois Jesus Cristo é o alvo
Esta verdade eu ressalvo
Por Sua morte na cruz
Andando sempre em Sua Luz
Com tua casa és salvo.
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Glossário:
Enilhão, escanchilhão: Um número descomunal, incontável.
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Bem-vindas todas interações
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09/08/2011 15:30 - Miguel Jacó
Pois eu fecho com você,
Sou um crente inveterado,
Não me convence este fado,
De que Deus é uma invenção,
Isto é propósito do cão,
E nesta eu não vou entrar,
Eu quero é me esmerar,
Para ser um bom cristão,
E a Jesus vou proclamar,
Por toda pare deste chão.
Bom tarde Bosco seus versos ficaram perfeitos nestas ponderações
sobre a nossa crença, o caminho é um só Jesus Cristo.
Parabéns pelo seu exímio cordel, MJ.
Eu que agradeço sensivelmente por esta bela interação.
Volta sempre, Mano.