MARTELO AGALOPADO- NÃO SABENDO DOS RISCOS ME DOEI
Não sabendo dos riscos me doei,
Fui o alvo de um falso indigente,
E as lagrimas sofridas derramei,
Nem assim me faço intransigente,
Continuo ouvindo os necessitados,
E apostando em suas narrativas,
Todavia me entregando apoiado,
Nas contendas de suas perspectivas,
Surpreendo-me com toda homilia,
Dos honrados, e sobreviventes.
Depois de um grande escorregão,
Fica insano o pensamento alocado,
Muitas vezes abalando o coração,
Definhando a confiança adotada,
Tem a vida degraus a ser vencidos,
Não é fácil superar a concorrência,
Todo ato que prever maior sentido,
Nos surpreende devida a eloqüência,
Chega em paz quem for perseverante,
O afobado perde sempre esta corrida.
Somos soltos nesta selva insalubre,
E os homens se enfrentam a rigor,
As disputas perfazem dissonâncias,
Esfacelando a essência do amor,
Dificulta-se a paz em larga escala,
Fomentando desavenças e terror,
Trabalharemos pra mudar a direção,
E minorar dos desvalidos esta dor,
Acalentando os espíritos construtivos,
Distribuindo a cada ente, uma flor.
Se o que faço não tem mérito!,
Ao ver de parte da humanidade,
Porem já gozo de uns créditos,
Daqueles amantes da verdade.
Se acaso procedi sendo incorreto,
Não saberia ao certo responder,
A ausência de saber o que é certo,
Iludiu-me desviando o meu ser,
E por fim acatei minha missão,
Almejando a um novo alvorecer.
Fazer arte é ter um mundo paralelo,
E moldar no vazio a imponência,
Lapidando os encantos de um belo,
E obedecendo a Deus a reverencia,
Construindo o real do imaginário,
Consolidando o amor nos elementos,
Extraindo do arco-íris novas cores,
Ofertando ao pedinte algum alento,
Fazendo a vez do eterno imaculado,
Abdicando dos prazeres indolentes.
Se o amor é parte imprescindível,
Fazendo o bem, alcanço o desejado,
Deve ser tanto mais compreensível,
Nos momentos de corpos separados.
É que a vida tem suas oscilações,
E as coisas que brotam do coração,
Podem alterar-se, devido a emoção
Podendo até propagar as confusões,
Indispondo, assim uma das partes.
Pra recompor-se é preciso certa arte.