A CORUJA ARREPENDIDA

 

 

A freirinha Dadivosa

Quando ainda era coruja

Tinha um ar todo prosa

Mas também a boca suja

Gostava de um palavrão

Não tinha respeito não

Por outros – a dita cuja!

 

Um dia se arrependeu

Quis esquecer seu passado

Pecados que cometeu

Foram todos arquivados

Ganhou do Padre João

O solidéu que, então,

Tava todo empoeirado.

 

Aquilo foi um presente

Muito bem por ela, aceito.

Pensou: agora sou gente

E vou exigir respeito

Colocou o solidéu

Viu-se entrando no céu

Naquele traje suspeito.

 

Decidiu ir pro convento

Das irmãs arrependidas

Ficou com o bico atento

Pra não ser surpreendida.

Lá ela se converteu

Seus pecados esqueceu

Para ser absolvida!

 

(Milla Pereira)



Interagindo com minha mana Hull

em seu cordel

A MADRE SUPERIORA

 

(http://recantodasletras.com.br/cordel/2720784)


Maninha querida, esta é pra você.
Tou te esperando, beijos.
(Milla)



E mana Hull veio complementar,

com muito talento e bom humor,

esse cordel resgatado, da coruja.

Obrigada, minha querida,

por enriquecer esta escrivaninha.

Teus versos é que são mágicos.

Beijos

(Milla)

 

A coruja arrependida

Virou madre superiora

sem a vida divertida

boa vida pecadora.

Ela viu com emoção

o amor do padre João

sob a ótica redentora.

 

Por precaução pôs um DIU

pra manter a santidade

Nenhum ovo ela pariu

virou santa de verdade.

Padre João foi seu sustento,

companheiro dos momentos

de pura felicidade.

 

Coruja de solidéu

É o que se vê na floresta

Voando alegre no céu

numa interminável festa.

E o nosso bom padre João

Conquistou seu galardão.

É um santo, ninguém contesta.

 

***Maninha, amei o resgate da coruja***

Você é demais no seu poetar. Um grande beijo. Hull

 

(Hull de La Fuente)



 

O poeta Jacó Filho veio dar seu parecer

a respeito da coruja convertida.

Obrigada, amigo.

 

Estou feliz de verdade,

Com a salvação da coruja...

Se salvaram a dita cuja,

Vou praticar honestidade,

Pra que meu pecador fuja,

E me salve pra eternidade...

 

(Jacó Filho)