A BRUXINHA QUE ERA BOA Maria Clara Machado/Versão em cordel: Sírlia Sousa de Lima
Atenção caro leitor
Com você quero falar
Maria clara Machado
Veio agora me inspirar
Vou relembrar essa história
Com meus versos a rimar
Pela história da Bruxinha
Eu senti grande atração
Ao saber que ainda existe
Gente de bom coração
Como a Bruxinha Ângela
Que não faz enganação
Ângela estudava
Na escola de bruxaria
Porém fazer maldades
Ela nunca aprenderia
O seu chefe Belzebu
Logo a castigaria
O bruxo incentivou
Criou um campeonato
Para que as bruxas
Fossem malvadas de fato
Ganhariam como prêmio
Uma vassoura a jato
Participar do concurso
Exigiria um exame
Para testar as maldades
Para que ninguém reclame
Ângela já sabia
Que iria passar vexame
O Bruxo Belzebu
Era cruel, ruinzinho
Não gostava de fadas
Nem mesmo de passarinho
Só sementes de maldades
Semeava em seu caminho
Havia uma torre
Que era de arrepiar
Quando o Bruxo se zangava
Logo mandava trancar
Lá na Torre de Piche
Horripilante lugar
O Belzebu queria
A maldade semear
E o número de bruxas
Queria multiplicar
Já são suficientes
As que temos que aturar
Quando estava maldizendo
Começava a cantar
Se a floresta fosse minha
Eu mandava povoar
Com feitiços e maldades
Para o meu bruxo passar
Havia duas bruxas
Com maldade fecunda
Elas se chamavam
Caolha e Fredegunda
Eram feias de doer
Uma delas é corcunda
A Bruxinha Ângela
Não nasceu para o mal
Ela é como uma jóia
Tem o brilho do cristal
Que ilumina seu sorriso
Não existe outro igual
O concurso então chegara
A fase eliminatória
Fredegunda e Caolha
Não contaram história
O percurso de maldades
Faz parte da história
Encontraram um menino
Brincando com baladeira
Resolveram dar a ele
Um suco de dormideira
E incendiar sua casa
Como se fosse fogueira
Ângela com aquilo
Não pode concordar
Quando as bruxas se foram
Ela se pôs a pensar
Lá na Torre de Piche
Onde iria morar
Quando Pedrinho acordou
Ele não entendeu
E culpou Bruxinha Ângela
Por tudo o que aconteceu
A Bruxinha chorou tanto
Sua voz emudeceu
Pedrinho preocupado
Foi logo se desculpando
Caolha e Fredegunda
Em sua casa estão chegando
A sua casa agora
Deve estar incendiando
Empreste-me a vassoura
Pedro teve que dizer
Se minha casa pega fogo
Eu preciso correr
Não é a vassoura a jato
Mas dá para percorrer
O bruxo ficou sabendo
E começou a bufar
Quem já viu neste mundo
Uma bruxa chorar?
Lá na Torre de Piche
Para sempre vais morar
O resultado do concurso
Belzebu foi divulgar
A Caolha mereceu
O primeiro lugar
Fredegunda iria
A Torre de Piche vigiar
A Bruxinha Ângela
Pensou num jeito de escapar
Resolveu pedir água
Fredegunda foi buscar
Foi nesse exato momento
Que ela teve que pular
O seu amigo Pedrinho
Já estava a esperar
Na carona da vassoura
Eles foram passear
Mostrando que a bondade
Do mal pode se livrar