REVENDO A INFANCIA

Mergulho no tempo

No mar da lembrança

Sem rumo ao relento

Revejo minha infancia

No distante passado

Sou novamente criança

No meu barco sem vela

Num roteiro incerto

Com migalhas de vento

Vou sonhando com ela

Perdido no tempo

Equilibrando na calma

Vou ruminando saudades

Sorvendo da alma

O que restou da vaidade

Vou assim espelhando

Como numa gota de orvalho

Reproduzindo miragem

Na ilusão do deserto

Vejo o tempo findando

Sentindo-me de perto

A velhice impondo-me

Mudanças na gente

Rugas na mão...

Preconceito freqüente

Olhar cansado... Desilusão

Falhas da mente

Marcas no peito

Cicatriz no coração!

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 30/12/2010
Reeditado em 02/01/2011
Código do texto: T2699522
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