REVENDO A INFANCIA
Mergulho no tempo
No mar da lembrança
Sem rumo ao relento
Revejo minha infancia
No distante passado
Sou novamente criança
No meu barco sem vela
Num roteiro incerto
Com migalhas de vento
Vou sonhando com ela
Perdido no tempo
Equilibrando na calma
Vou ruminando saudades
Sorvendo da alma
O que restou da vaidade
Vou assim espelhando
Como numa gota de orvalho
Reproduzindo miragem
Na ilusão do deserto
Vejo o tempo findando
Sentindo-me de perto
A velhice impondo-me
Mudanças na gente
Rugas na mão...
Preconceito freqüente
Olhar cansado... Desilusão
Falhas da mente
Marcas no peito
Cicatriz no coração!