SE EU FOSSE A MORTE, MATAVA.
Políticos que só aparecem
Em época de eleição
Do pobre apertando a mão,
Depois do pobre esquecem,
Pessoas que não merecem
A luz que sempre brilhava,
O voto que o povo dava
Nem a atenção do partido
Todo político bandido
Se eu fosse a morte matava.
Cachaceiros que só bebem
Para em casa brigar,
Começa a mulher xingar,
E as Palavras não medem
Clemência as esposas pedem
Mas quem atenção lhe dava
O bêbado que se deprava
Eu reprovo esta pedida
Quem excede na bebida
Se eu fosse a Morte matava.
Ladrões que arrobam a casa
Violando a residência
Sem peso na consciência
Voam mesmo sem ter asa,
Ao trabalhador atrasa
Tira a paz que eu precisava
Por isso a rima rezava
Contra toda violência
Quem viola a inocência
Se Eu fosse a morte matava.
Quem vive de enganar
vendendo ao povo ilusão
Com tarô, leitura de mão,
E outras para enrolar,
Quem vive de inventar.
Para o povo que sonhava
Nem falar eu precisava
Mas não consigo calar
Quem vive de enganar
Se eu fosse a morte matava.