O POVO VIVE EM FUNÇÃO DELE
Vários reféns de uma bola
Presos sobre um gramado
Mil treinadores na degola
Buscando bons resultados
É assim que vive o futebol
Que chova ou que faça sol
Ele é um esporte animado
O povo vive em função dele
Em vários pontos do mundo
Seus adeptos vibram por ele
Ou reclamam meditabundos
E suas torcidas organizadas
Brigando nas arquibancadas
Com apego e amor profundos
Os torcedores sofrem demais
E muitas vezes morrem à toa
Brigam com seus arquirrivais
Mas nunca estão numa boa
Gastam todo o seu dinheiro
Pra ver seu time o ano inteiro
Sob o sol, chuva e/ou garoa
Comparam a bola a uma rainha
E seu estádio a um reinado
Lá no gramado ela caminha
Sem optar por nenhum lado
Dá alegria e/ou traz tristeza
Sua chama está sempre acesa
Tudo em prol de um resultado
Se eles pudessem escolher
Entre o trabalho e uma bola
Quem sabe quisessem esquecer
Que algum dia foram à escola
Pois não é preciso ter cultura
O que conta mesmo é a bravura
E a grana que o clube “descola”
De gol em gol eles enriquecem
E até esquecem as suas raízes
O poder e a fama os embrutecem
E os fazem empinar os narizes
Por vezes levam suas cacetadas
Ou vão comendo pelas beiradas
Tentando curar suas cicatrizes
Vários reféns de uma bola
Presos sobre um gramado
Mil treinadores na degola
Buscando bons resultados
É assim que vive o futebol
Que chova ou que faça sol
Ele é um esporte animado
O povo vive em função dele
Em vários pontos do mundo
Seus adeptos vibram por ele
Ou reclamam meditabundos
E suas torcidas organizadas
Brigando nas arquibancadas
Com apego e amor profundos
Os torcedores sofrem demais
E muitas vezes morrem à toa
Brigam com seus arquirrivais
Mas nunca estão numa boa
Gastam todo o seu dinheiro
Pra ver seu time o ano inteiro
Sob o sol, chuva e/ou garoa
Comparam a bola a uma rainha
E seu estádio a um reinado
Lá no gramado ela caminha
Sem optar por nenhum lado
Dá alegria e/ou traz tristeza
Sua chama está sempre acesa
Tudo em prol de um resultado
Se eles pudessem escolher
Entre o trabalho e uma bola
Quem sabe quisessem esquecer
Que algum dia foram à escola
Pois não é preciso ter cultura
O que conta mesmo é a bravura
E a grana que o clube “descola”
De gol em gol eles enriquecem
E até esquecem as suas raízes
O poder e a fama os embrutecem
E os fazem empinar os narizes
Por vezes levam suas cacetadas
Ou vão comendo pelas beiradas
Tentando curar suas cicatrizes