SE TODO MUNDO CANTAR / NINGUÉM CALA A CANTORIA
Se quiser cantar também
Se aprochegue, seu minino
Que a boca grande do sino
Já canta Belém, bem, bem
Canta quem tem, quem não tem
O canto a alma alforria
Que cantar é terapia
Pra tristeza espantar
Se todo mundo cantar,
Ninguém cala a cantoria!
Não vou olhar pra dureza
E nem aplaudir casmurro
A tristeza eu esmurro
E corro atrás da beleza
Que a vida tem, com certeza
Momentos de alegria
E em tudo há poesia
Por que então vou chorar?
Se todo mundo cantar,
Ninguém cala a cantoria!
A formosura do rosto
Está num belo sorriso
Cantar é o que eu preciso
Pra acabar com o desgosto
Mas se tudo for oposto
Considero alegoria
O mal não me contagia
Eu jogo tudo pro ar
Se todo mundo cantar,
Ninguém cala a cantoria!
Mote: Compadre Lemos
Glosa: Luciene Soares