FRIDA KALLO: RETALHOS DE VIDA, ARTE POR INTEIRO
Nunca se pode prevê
O futuro de nossa vida
Ele é imprevisível
Como aconteceu com Frida
Por causa do acidente
Sua vida foi sofrida
O acidente de Frida
A sociedade lamentou
Ônibus e bonde colidiram
E Frida se machucou
Nunca mais teve saúde
Muito triste ela chorou
O acidente aconteceu
No auge da sua idade
O triste ocorrido
Aos dezesseis anos de idade
Mesmo sofrendo muito
Buscou a felicidade
Para Frida se recuperar
Passou por grandes pressões
Imobilizações com gesso
Cirurgias, internações
Servindo de cobaia
Teve grandes frustrações
Frida experimentou
Um enorme sofrimento
Tudo isso foi causado
Por causa do isolamento
Frida começou a pintar
Expressar seu sentimento
Depois de muito tempo
Frida voltou a andar
E Diego Rivera
Resolveu então visitar
Então amor e arte
Tiveram que se juntar
Ela queria ouvir dele
Uma opinião
Ele bem atirado
Flertou seu coração
E os dois então viveram
Uma ardente paixão
A união com Diego
Resultou em casamento
A mãe de Frida não gostou
Achou isso um lamento
Diego era infiel
Mas fez um juramento
Ao invés de ser fiel
Ele seria leal
E seu amor por Frida
Era incondicional
Mas o pintor possuía
Um fervor sexual
Não podia ver mulher
Que ele passava mal
Ele as possuía
Achava isso normal
Se deitar com qualquer uma
Para ele era banal
Nesse meio tempo
Frida engravidou
Mas sofreu um aborto
A dor e a solidão ela pintou
A sua mãe faleceu
E o quadro se completou
Diego teve uma fase
De tristeza e depressão
Mas o homem não tinha jeito
Não tinha solução
O caso com a irmã de Frida
Causou a separação
Entre idas e vindas
Diego voltou pra Frida
Trouxe um amigo filósofo
Para ela dar guarida
O filósofo a cativou
De amor é feita a vida
A vida seguia em frente
E Frida ia pintando
O que via e sentia
Na arte ia expressando
Sua alma transcende as telas
É o que está nos revelando
Por isso logo o mundo
Sua arte conheceu
Fez exposição em Paris
Num famoso museu
A primeira artista latina
Que por lá apareceu
O amor por Diego
Frida nunca esqueceu
Ele pediu o divórcio
Isso a entristeceu
Ela foi definhando
De tanto que sofreu
Incrivelmente sua arte
Alimenta-se da dor
Dores no corpo e na alma
Transbordava de amor
Pintava o sangue nas telas
Pra retratar sua dor
Tinha sede de vida
Vivia se remendando
Queria sempre pintar
Na pintura se agarrando
Para não mais pensar
Na vida que ia levando
Suas cores eram fortes
Refletiam sua vida
Gostava da cor azul
Cicatrizava ferida
Por mais que a vida aprontasse
Frida era atrevida
A vida de Frida
Não teve comparação
Uma vida sofrida
Com dor e complicação
Teve os dedos amputados
Teve resignação
Frida vivia a recomendar
Dizia sempre aos médicos
Remendem-me
Porque eu quero pintar
Diego voltou para ela
Pra sua vida alegrar
Com a volta de Diego
O astral ficou bem alto
Pintou a casa rosa
De azul cobalto
Decorou com muitas flores
O seu ego deu um salto
Nesse meio tempo
Teve sua perna amputada
Nada lhe surpreendia
Não temia mais nada
A morte então veio buscá-la
Ela foi aliviada