PANDORA

Abriu-se a Caixa de Pandora
E eu te pergunto: e agora?
A delação do inconfidente
Explodiu no (im) Prudente
Bobo que não usa pasta
Mas discretamente ostenta
Propina sob a vestimenta
E logo depois se afasta.

Vem a raposa Eurides
Esta, eleitor, não duvides
É outra ave de rapina
Que também pegou propina
E haja com ela paciência
Com seu tráfico de influência
Estando ou não no poder
Sua força faz valer.

Ela exigiu de Arruda
A quem lhe prestou ajuda
Ajudando-o a se eleger.
Eurides não cobrou barato
Derrubou Silvio Barbato
Da sinfônica de Brasília
E pensando em sua família
Disse pra Arruda assim:
"Nomeia o meu genro Levin."

E o gringo com sua batuta
É mais um com força bruta
A gritar com um brasileiro
Subalterno ao estrangeiro.
Mas sabe, raposa velha,
Põe tua barba de molho
Que a justiça está de olho
Pois que é de vidro a tua telha
E pra baixar tua altivez
Esta é tua última vez
Isto é verdade, não praga:
“Aqui se faz, aqui se paga!”

Arruda é o Ali Babá.
Mas outros ladrões não há?
Peçam a cabeça de todos
Imersos em lamas e lodos
Seja o Arruda exonerado
E o Imprudente cassado
Sem apelo de oração.
Depois da propina na mão
Abutres oportunistas
Vêm na pele dos petistas
Tirar proveito da farra
Dispostos a enfrentar a barra
Mascarando os seus senões
Para as próximas eleições.

Nada tem a ver Pandora
Com o mensalão de agora
Nem Brasília e sua gente.
Cassem o Leonado (im) Prudente
Votem o impeachment  pro Arruda
Pra ver se Brasília muda
De sorte após desenganos
Corrompida aos cinquenta anos.


LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 07/12/2009
Reeditado em 15/12/2009
Código do texto: T1964608
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