A GRIPE DO CORDELISTA QUE NÃO ERA PORCO
Galera, essas estrofes surgiram de um comentário que fiz há pouco para o poeta Henrique César. Achei até legal e passo para vocês.
Outra grande novidade
Surgiu pra quem é artista
Pra nossa felicidade
Sob o meu ponto de vista
Realizei nos papiros
A descoberta do vírus
Da gripe do cordelista
É uma enorme conquista
Que dispensa a medicina
Não mata ou é fatalista
Nem precisa de vacina
Essa gripe contagia
Com a doce poesia
Da cultura nordestina
O verso é a aspirina
A febre, a inspiração
A rima vem da retina
Mas não afeta a visão
A métrica é a receita,
O remédio, sem suspeita
É amor no coração
O tratamento, é então
Uma folha de papel
Uma caneta não mão
A bênçao vinda do céu
E um cordelista matuto
Pra construir num minuto
Um folheto de cordel
A tosse do menestrel
Joga versos por encanto
Do espirro vem o mel
De que o vate faz seu canto
E de resto os pacientes
São os poetas presentes
Nesse gostoso Recanto