A GRIPE DO CORDELISTA QUE NÃO ERA PORCO

Galera, essas estrofes surgiram de um comentário que fiz há pouco para o poeta Henrique César. Achei até legal e passo para vocês.

Outra grande novidade

Surgiu pra quem é artista

Pra nossa felicidade

Sob o meu ponto de vista

Realizei nos papiros

A descoberta do vírus

Da gripe do cordelista

É uma enorme conquista

Que dispensa a medicina

Não mata ou é fatalista

Nem precisa de vacina

Essa gripe contagia

Com a doce poesia

Da cultura nordestina

O verso é a aspirina

A febre, a inspiração

A rima vem da retina

Mas não afeta a visão

A métrica é a receita,

O remédio, sem suspeita

É amor no coração

O tratamento, é então

Uma folha de papel

Uma caneta não mão

A bênçao vinda do céu

E um cordelista matuto

Pra construir num minuto

Um folheto de cordel

A tosse do menestrel

Joga versos por encanto

Do espirro vem o mel

De que o vate faz seu canto

E de resto os pacientes

São os poetas presentes

Nesse gostoso Recanto

Heliodoro Morais
Enviado por Heliodoro Morais em 02/08/2009
Reeditado em 12/08/2009
Código do texto: T1733313